sábado, 30 de agosto de 2014

TANTAS EMOÇÕES...

São tantas emoções...
Que a maioria do eleitorado brasileiro, um certo dia, resolveu entregar as rédeas do poder a um operário socialista - comunista mesmo - que se dizia pobre, excluído, massacrado, que tinha nove dedos nas mãos, que não gostava de trabalhar, que era semi-analfabeto, mas que gritava muito mais alto do que os outros colegas camaradas, chegando a espumar a boca, qual Hitler sob um ataque sifilítico.
Que a reeleição desse homem foi apenas uma transição; nem era preciso ter gasto tanto dinheiro com eleição.
Aí, quando tinha que haver uma eleição, porque reeleição só uma vez, o homem "pobre, excluído, massacrado", desta vez excluído de ser candidato, claro, botou lá uma afilhadinha sua; o povo emocionou-se de novo, e de novo lhe deu o Brasil.
Agora avizinha-se uma nova eleição; a afilhadinha, transformada em "namoradinha do Brasil", precisa de uma reeleição a fim de "segurar" o Brasil para que sejam implantados nele os velhos projetos do mesmo homem "pobre, excluído e massacrado". 
O que?
O homem "pobre, excluído e massacrado" há muito tempo não existe mais; tornou-se bilionário e o filho também.
A maioria do eleitorado não questiona nada disso, dorme em berço esplêndido, porque o homem outrora "pobre, excluído, massacrado" inventou uma forma de deixá-la a sua mercê: tem bolsa-miséria para tudo que for necessidade.
Para o povo, está tudo na santa paz quando se fala em política.
Então, quando a afilhadinha já dava por ganha a segunda eleição, eis que Deus - ou o diabo? - lançou um raio e acabou com a vida de um dos seus adversários.
O povo?
Emocionou-se de novo.
O lugar do adversário morto foi ocupado por uma mulherzinha birrenta, encrenqueira, que conhece os podres dela e do seu padrinho, porque já esteve comendo junto, no mesmo prato servido pelo dinheiro do populacho.
De repente, a adversária da afilhadinha - vejam só! - segundo consta das pesquisas, logo, logo, vai passar para a primeira posição nas pesquisas, tudo graças aos escombros ocasionados pelo raio que derrubou a aeronave do falecido.
Se a majestade continua sendo o eleitor, como diz o hoje presidiário Roberto Jefferson, quando é que teremos neste país eleições libertas de tantas emoções e um povo consciente, livre e completamente sadio na hora de eleger seus governantes?


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