sexta-feira, 14 de setembro de 2018

UM TEXTO DO PROFESSOR DIRCEU CAMPOS



DESFILE NO DIA DA PÁTRIA DE OUTRORA
Prof. Dirceu Campos
AJORI – 440

Foi num tempo remoto, ainda sentindo a fragrância da inocência quando me fiz presente pela primeira vez na parada cívica do “Dia da Independência”. Com os meus seis aninhos, uniformizado de escoteiro de brim amarelo, sapato e meias preta, lenço azul no pescoço, chapéu sobre a cabeça, cantil preso no cinturão que tinha a fivela os dizeres “sempre alerta”, mochila pesada nas costas assim pertencia ao agremiação “Duque de Caxias” comandado pelo saudoso Seu Mimi, com aquela voz aguda de autoridade impunha a ordem e respeito aos pequenos subordinados, eu era o mascote de numero 41, orgulhoso por pertencer aquele grupo. Os escoteiros puxava o evento cívico, vindo em seguida o 5º. Batalhão de Caçadores (5º. BC) que na oportunidade sediada em nossa cidade na Rua General Carneiro. Com o rufar dos tambores e os toques das cornetas da fanfarra, marchava pelas ruas Campos Sales, Julio Prestes e finalizava na Praça Marechal Deodoro (Largo dos Amores) frente à Prefeitura Municipal (hoje Centro Cultural). O desfile sempre iniciava na frente das três escolas.
Quando passava por essas ruas, as calçadas tomadas por grande numeros de pessoas com bandeirinhas verde-amarela acenavam, aplaudiam, gritava dando viva aos participantes da parada, demonstrando o alto grau de patriotismo que jamais visto nos dia de hoje. O meu corpo vibrava, cabelos e a pele arrepiava de tamanho entusiasmo. Hoje emocionado por lembrar-se desse passado glorioso. 
Nesse tempo os estudantes eram obrigados a participarem nesse ato patriótico, inumeros alunos presentes com alegria.
Eu naquela inocência já despertava o grande amor pelo Brasil.
Hoje vivemos no mundo diferente. A era dos computadores e celulares que vem roubando a infância das nossas crianças. 
Naquele tempo parecia ser um passado sem maldades onde todos se conheciam e eram amáveis uns com os outros. 
Nesse amor sem fim pela minha querida Pátria e a minha adorada Itapetininga cresci, e em todos – desfiles quer na infância, adolescência lá estava eu marchando com alegria até que tornei jovem, me alistei no serviço militar, ao contrario de muitos de meu tempo, queria ser militar pelo menos uma vez na vida. E que graças o bom DEUS incorporei no Tiro de Guerra sob o comando do saudoso Sargento Cristiano, agora de farda verde oliva, coturno preto junto na corporação, dentre eles José Ribeiro, Fernando Rosa, Roberto Hungria, Borba, Silvio Meira e outros. Participamos de muitas paradas, como o “Dia da Independência” e a do aniversário de Itapetininga, de fuzil sob os ombros, marchando, orgulhoso passava onde as lindas garotas com sorriso nos lábios que além de aplaudir atiravam flores e até mesmo um simples botão de rosa que alegravam os nossos corações.
O tempo passou tão depressa, queria ser militar toda a existência e participar de muito outro desfile, mas como hoje não posso, de idade avançada me consolo em assistir, assim retorno ao passado distante que muito me fez feliz.
Oh! quantas saudades destes tempos que não voltam mais.
Na semana passada dia sete de setembro, o “Dia da Pátria”, conclamo a todos os brasileiros a gritar em altos brados “Viva o Brasil”.

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