segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Ó DÚVIDA CRUEL: NOSSAS AUTORIDADES MÁXIMAS VIVEM NA TERRA OU NO CÉU?

Procuradores discordam no Twitter sobre afastamento de Dallagnol. 

Neste domingo, 4, uma discussão por meio do Twitter mostrou que procuradores da República estão divididos sobre o afastamento do coordenador da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol.
Para Helio Telho, procurador no Estado de Goiás, “não há razão jurídica ou previsão legal que sustente o afastamento". Ele continua dizendo que o que há são "interesses de quem cometeu crimes e foi atingido pela operação", e que "está tirando proveito da deturpação e da descontextualização midiática de mensagens criminosamente obtidas".


Mas, na mesma postagem, o colega Wilson Rocha, procurador do MPF no mesmo Estado, em resposta a Telho, provoca: “em qual grupo você me enquadraria: 1. Cometi crime; 2. Fui atingido pela operação; 3. Tiro proveito da “descontextualização midiática de mensagens criminosamente obtidas”?


Rocha já havia publicado em seu Twitter um comentário sobre o possível afastamento, apontando que Deltan "vale-se da popularidade amealhada para obter ganhos financeiros pessoais".


Investigação indevida
Na última quinta-feira, 1º, vazamento revelava que Deltan, sabidamente incompetente para investigar membros do Supremo, teria buscado informações do presidente do STF, Dias Toffoli, além de incentivar os colegas a investigarem o ministro e sua esposa. A situação teria aumentado a pressão para que fosse definido algum tipo de punição ao membro do MPF, ou mesmo seu afastamento.
A possível investigação indevida gerou reações de membros do STF. 
Fux e Moraes solicitaram à PF uma cópia das mensagens hackeadas de celulares de autoridades.
"Diante de notícias veiculadas apontando indícios de investigação ilícita contra ministros desta Corte, expeça-se ofício ao juízo da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília solicitando cópia integral do inquérito e de todo o material apreendido", determinou Moraes.
Também na quinta-feira, Moraes determinou a suspensão de procedimentos investigatórios instaurados na RF que atingiram ministros da Corte e outras autoridades, por haver "graves indícios de ilegalidade no direcionamento das apurações em andamento".
O ministro Marco Aurélio também comentou o assunto:
"É inconcebível que um procurador da República de primeira instância busque investigar atividades desenvolvidas por ministro do Supremo. O problema do Brasil é que não se observa a lei."

Vazamentos
Migalhas reuniu, em site exclusivo, todas as informações e desdobramentos dos vazamentos envolvendo a operação Lava Jato. Acesse: vazamentoslavajato.com.br

In Migalhas Quentes.

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