terça-feira, 4 de agosto de 2020

HORA DE CONTAR OS MORTOS EM BEIRUTE

Enormes explosões sacodem a zona portuária de Beirute; há milhares de feridos e pelo menos 30 mortos.
Por Redação Ucho.Info/04 de agosto de 2020.


Duas enormes explosões em sequência sacudiram Beirute nesta terça-feira (4), deixando milhares de vítimas. Segundo agências de notícias, ao menos 30 pessoas morreram. Uma grande nuvem de fumaça no céu da capital do Líbano podia ser vista a quilômetros de distância.
Imagens divulgadas pela imprensa libanesa mostravam pessoas presas em escombros após as explosões ocorridas na região portuária da cidade, cuja origem ainda não foi esclarecida. 
A primeira explosão parece ter tido origem num depósito de fogos de artifício. 
A segunda, muito mais potente, parece ter sido potencializada por um grande de silo de grãos que ficava ao lado depósito. Testemunhas relatam que o impacto das explosões pode ser sentido a quilômetros de distância.
O distrito comercial de Hamra também sofreu danos, com vitrines e fachadas de lojas destruídas e vários automóveis danificados. Alguns bairros sofreram cortes no fornecimento de energia. 
Dezenas de feridas foram transportados para o centro médico Clemenceau, inclusive crianças.
As explosões ocorreram em um momento em que o Líbano atravessa a pior crise econômica em décadas, que deixou quase a metade da população na pobreza. 
A economia entrou em colapso nos últimos meses, com a moeda local, a libra libanesa, perdendo cada vez mais valor em relação ao dólar. 
Várias empresas fecharam no país e o desemprego atinge níveis alarmantes.
A Cruz Vermelha informou que há barcos operando no resgate de pessoas que foram jogadas ao mar. 
A emissora libanesa LBCI informou que o hospital Hôtel-Dieu de France, no centro da capital libanesa, atende centenas de feridos e fez um apelo para doação de sangue.
O país aguarda para a próxima sexta-feira (7) o veredito do julgamento dos acusados pelo assassinato do premiê Rafic Hariri, morto em um atentado com um caminhão-bomba em 2005. 
Quatro supostos membros do grupo fundamentalista xiita Hezbollah são julgados “in absentia” (sem a presença do réu) em um tribunal na Holanda pelo ataque que matou o então chefe do governo libanês e outras 21 pessoas.
O Líbano ainda vive um acirramento das tensões com o país vizinho Israel, após o governo de Tel Aviv anunciar que deteve quatro milicianos do Hezbollah que tentavam se infiltrar no país, informação que o grupo nega. 

(Com agências internacionais)

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