terça-feira, 4 de maio de 2021

CAGÃO!

 

Motivo de preocupação do governo, o receoso Pazuello avisa que não comparecerá à CPI da Covid.
Por Redação Ucho.Info/04 de maio de 2021.



Como sempre afirmou o UCHO.INFO, o presidente Jair Bolsonaro é um covarde conhecido e contumaz que, à sombra de discursos truculentos e ameaçadores, se esconde atrás de uma falsa imagem de “valentão”.
Nos últimos dias, Bolsonaro repetiu inúmeras vezes não ter qualquer preocupação com a CPI da Covid, que tem por objetivo investigar as ações e a omissão do governo no combate à pandemia do novo coronavírus, que já provocou mais de 409 mil mortes.
Diferentemente do que afirma o presidente da República, a cúpula do governo não apenas teme a CPI, mas principalmente tem preocupação com alguns depoimentos, a começar pelo do general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e sabujo de primeira hora de Bolsonaro.
Depois de um final de semana de treinamento com o staff palaciano, com o intuito de modular a fala que será despejada sobre os senadores, Pazuello alegou ter mantido contato com duas pessoas que testaram positivo para Covid-19 e por isso não comparecerá à audiência marcada para quarta-feira (5).
Sórdida e eivada de dúvidas e desconfianças, tal manobra mostra o desespero do governo com a CPI da Covid, que pode comprovar aquilo que o Brasil está cansado de saber: movido pela irresponsabilidade genocida e pelo negacionismo torpe, Bolsonaro é o principal responsável pelo flagelo que tomou conta do País.
Se de fato Pazuello manteve contato com dois possíveis infectados pelo vírus SARS-CoV-2, o militar, que alega necessidade de se manter em isolamento, deveria sugerir que os palacianos com que esteve no final de semana façam o mesmo.
A estratégia, que certamente foi combinada com a tropa de choque governista na CPI, é que o depoimento de Eduardo Pazuello aconteça de forma remota, o que permitiria ao ser assessorado por terceiros, minimizando os estragos de sua fala.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), aguarda comunicado oficial para deliberar sobre o não comparecimento de Pazuello, mas o colegiado tende a adiar a audiência presencial, em vez de aceitar a ventilada proposta de depoimento à distância. 
É importante lembrar que por ocasião da instalação da CPI ficou acertado que os depoimentos seriam presenciais.

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