segunda-feira, 28 de junho de 2021

"COVAXINGATE"

 

CovaxinGate: Bolsonaro diz não saber o que acontece nos ministérios, mas prevaricação é evidente.
Por Redação Ucho.Info/28 de junho de 2021



O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (28) ser impossível saber o que acontece nos ministérios, em referência ao escândalo da compra superfaturada de doses da Covaxin, vacina contra Covid-19 produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech.
“São 22 ministérios, não tenho como saber o que acontece, vou na confiança em cima de ministros e nada fizemos de errado”, afirmou Bolsonaro a apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada.
É preciso reconhecer a dificuldade de controlar o que acontece na estrutura de um governo, mas Bolsonaro foi avisado sobre esquema de corrupção no processo de compra da Covaxin. Além disso, o presidente, em conversa com o deputado Luís Miranda (DEM-DF), citou o nome do também parlamentar Ricardo Barros (PP-PR) como responsável pelo “rolo”.
No momento em que Bolsonaro é informado do escândalo de corrupção e não determina à Polícia Federal a abertura de investigação para apurar o caso, fica caracterizado o crime de prevaricação.
Além disso, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que ainda dedica nauseante vassalagem ao presidente da República, foi comunicado pelo próprio Bolsonaro sobre o escândalo, mas o processo seguiu adiante.
Não custa lembrar que em vídeo divulgado na internet, enquanto cumpria quarentena por causa de Covid-19, Pazuello mostrou subserviência ao dizer ao lado do presidente ‘um manda, outro obedece”.
Considerando que Bolsonaro, informado do esquema criminoso, não tomou providências e Pazuello, enquanto ministro da Saúde, nada fez para impedir o ilícito, pelo contrário, ambos devem ser processados na forma da lei.
Em suma, afirmar ser impossível saber o que acontece nos ministérios não faz de Jair Bolsonaro um inocente. Fato é que a canhestra operação de compra da Covaxin teve a interferência do Centrão – como antecipou o UCHO.INFO –, que há muito faz do presidente da República um refém político.

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