DESGRAÇA DE PODER! PREFEITO E VICE DE SÃO CAETANO DO SUL: CAIXA 2 E FORMAÇÃO DE QUADRILHA

Prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior (PSDB) (Foto: Reprodução/Facebook). 

Mais sete pessoas foram denunciadas ao TRE.

Por Tatiana Santiago, G1 SP

O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Jr. (PSDB), e o vice-prefeito, Roberto Luiz Vidoski (PSDB), foram denunciados na tarde desta terça-feira (12) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo por caixa 2 e formação de organização criminosa durante as eleições municipais de 2016. Mais sete pessoas também foram denunciadas pela Procuradoria Regional Eleitoral paulista.

A reportagem procurou Prefeitura da cidade do ABC e aguarda retorno.

Se condenados, os denunciados podem cumprir penas superiores a 30 anos de prisão, além da perda do cargo público e pagamento de multas.

As investigações tiveram início em maio de 2017. De acordo com a Procuradoria, o esquema consistia no uso de diversas pessoas físicas para camuflar a origem dos recursos que financiaram a campanha à prefeitura de São Caetano do Sul e que abasteceram o caixa do diretório local do PSDB no mesmo período.

A reportagem tentou localizar um representante do diretório municipal tucano, mas não obteve sucesso.

Entre os laranjas, havia uma pessoa que não tinha condições financeiras de realizar doações milionárias, além de pessoa hospitalizada.

A principal conta bancária utilizada foi a de uma pensionista do INSS pela qual circulou cerca de R$ 1,4 milhão, dinheiro que abasteceu direta ou indiretamente a campanha eleitoral e o partido.

A laranja é a mesma doadora da campanha do vereador paulistano Camilo Cristófaro (PSB), que teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral na semana passada. O vereador é acusado de captação ilícita de recursos financeiros durante as eleições.

Uma tradicional galeria de artes localizada no bairro dos Jardins, região nobre de São Paulo, depositou mais de R$ 500 mil na conta da mulher.

De acordo com as investigações, 54% do dinheiro arrecadado para a campanha eleitoral é proveniente de doações suspeitas.

Na denúncia, a Procuradoria Regional Eleitoral pede indenização material e moral no valor de R$ 6 milhões. Também foi solicitado a instauração de inquérito policial à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo.

G1.