Vai ser preciso um pouquinho de paciência para ler e perceber que a introdução desse texto relativa a um filme “bang-bang” que marcou época tem muito a ver com as pressões que estão sendo desencadeadas pela oposição política e ideológica, reforçada pelos seus idiotas úteis, para derrubar o Presidente Jair Bolsonaro, democraticamente eleito e recém iniciando o seu governo.
Os protestos de ontem contra o Governo Bolsonaro, eclodidos em todo o país, passaram de todos os limites da razoabilidade, com os estúpidos manifestantes “cobrando” do novo governo, empossado há pouco mais de 4 meses, as nefastas consequências dos desgovernos brasileiros instalados durante 34 anos, de 1985 a 2018, tempo todo esse em que nada “cobraram”, ou seja, uma “dívida” acumulada que não foi causada por esse Governo, e sim por outros, que “quebraram o país”, pelos aspectos morais, políticos, econômicos e sociais.
No tempo em que as produções cinematográficas de Hollywood tinham enredos com início, meio e fim, grandes clássicos foram produzidos, muitos dos quais considerados até hoje os melhores.
Um desses clássicos foi o “western” MATAR OU MORRER, de 1952, dirigido por Fred Zinnemann, considerado um dos melhores de todos os tempos, estrelado pelo “mocinho” Gary Cooper, fazendo o papel do xerife Will Kane, da pequena cidade de Hadleyville, Novo México - e que lhe valeu o “Oscar” de “melhor Ator” - e a religiosa Amy Fowler, interpretada pela atriz Grace Kelly.
Resumidamente, o enredo desse filme trata da cerimônia de casamento na Igreja local do xerife Kane com Amy, durante o qual o noivo recebe um telegrama dando notícia que Frank Miller, um temido fora da lei, que Kane havia prendido algum tempo atrás, foi solto e estava chegando dentro de uma hora, no trem da “onze”, disposto a vingar-se dele, contando com a cumplicidade de três outros bandoleiros comparsas.
O xerife acabara de entregar a estrela da sua autoridade em Hadleyville, e iria viajar com a sua mulher em “lua-de-mel”. Mas de repente teve uma crise de consciência e resolveu ficar, não se acovardando com a chegada dos quatro bandidos. E mandou a mulher embarcar.
Mas equivocadamente prevendo que iria encontrar na comunidade local gente solidária com a sua “causa”, disposta a ajudá-lo a enfrentar os bandidos que estavam chegando, para sua surpresa todos “correram da briga”, inclusive o juiz local que fugiu e ninguém mais o viu.
A grandiosidade da “moral” desse filme reside na ideia de que só pode surgir o mito do “herói” individual num ambiente de “falência do coletivo”, de covardia da comunidade. Numa sociedade que prima pelos valores mais altos da dignidade, não há lugar e nem é preciso o surgimento de heróis. A própria sociedade incorpora em si e desempenha a figura do “herói”, dispensando o “individual”.
Procurando fazer uma analogia entre o enredo do filme “Matar ou Morrer”, e a situação do Governo Bolsonaro frente às suas violentas oposições, não há como fugir da conclusão sobre a espantosa semelhança da situação do Xerife Kane frente aos 4 bandidos que queriam matá-lo, e a de Bolsonaro face à sua furiosa oposição, tendo como palco uma sociedade omissa e acovardada, que a tudo assiste de camarote e nada faz de efetivo para ajudá-lo a combater essa “praga” política que desgraça o Brasil desde 1985.
Mas Bolsonaro também não tem o direito de se acovardar. Só ele tem todas as armas capazes de vencer o boicote escancarado que estão fazendo a seu governo. E essas armas que ele tem na mão para defender-se não são armas de fogo, nem os militares que estão à sua volta, porém a “caneta”, que pode ser até a “bic” que ele usa.
Desse modo tenho um “tsunami” de verdade para sugerir ao Presidente, livrando-o do maldito “bombardeio” da sua oposição política. Bastaria ele ouvir os órgãos governamentais e de segurança nacional competentes e, caso aprovassem essa medida, nos exatos termos da Constituição, mandasse redigir e assinasse sem titubear um DECRETO de “ESTADO DE SÍTIO/INTERVENÇÃO”, cada qual com objetivos diferentes dentro dos seus limites.
Tudo leva a crer que essa seria a única maneira do Governo Bolsonaro “NÃO MORRER”, já que ele não tem contado com o apoio que seria de se esperar da maioria da sociedade brasileira que votou nele na busca de mudanças, mas que na hora “h” se omite de participar ativamente nessa empreitada, não se opondo, na medida necessária, ao mesquinho e violento boicote ao efetivo desenvolvimento econômico e social do país.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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