Dimitri Sales
Sobre o discurso de Jair Bolsonaro na ONU.
Ataque à imprensa e mentiras (“estávamos à beira do socialismo” e “apresento um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada”):assim começou discurso de Jair Bolsonaro na ONU.
SeguIU mentindo sobre meio ambiente, economia, meio ambiente, combate à COVID.
Faz da ONU um palanque em Rio das Pedras!
O maior absurdo da apresentação de Bolsonaro foi defender tratamento precoce à covid em plena Assembleia Geral da ONU. Afrontou a ciência ante a comunidade internacional, além de se fazer advogado de crimes cometidos no Brasil no momento em que o país descobre o horror do escândalo da Prevent Senior.
Bolsonaro teve a petulância de falar dos atos antidemocráticos de 7 de setembro na abertura da Assembleia Geral da ONU, exaltando-os como as maiores manifestações da história do Brasil. Mentiu de novo, além de ter esnobado da democracia num espaço vocacionado à sua defesa.
Apresentar os atos antidemocráticos na ONU foi escracho, mas destinava-se a acariciar seus apoiadores, até agora insatisfeitos com o fracasso do intento golpista daquele momento!
Não à toa, tentou se reaproximar da base religiosa, ao defender a família tradicional como valor do mundo civilizado.
Ao atacar o passaporte de vacinas, Bolsonaro usou o palanque mais importante da comunidade internacional para combater medidas internacionalmente reconhecidas contra COVID.
Ao agir assim, formou o q precisávamos: confissão de um genocídio!
De fato, Jair Bolsonaro extinguiu a relevância do Brasil na comunidade internacional.
Não sabendo o que é a ONU, não consegue ir além da verborragia da ideologia “anti-globalista”, não sendo capaz, sequer, de perceber a importância do momento para a sua própria biografia.
É pequeno, tosco. Irrelevante.
No geral, o discurso de Jair Bolsonaro na ONU, embora tenha reafirmado valores do seu governo, resumiu-se em um conjunto de mentiras que serve para alimentar sua base irracional, além de ter sido insensível com caos que ainda assusta o mundo: as mortes provocadas pela COVID.
Foi, em síntese, o discurso de um homem fora do seu tempo!
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