Tenho medo das noites
no sertão,
das matas que escondem
sombras,
peçonhas,
negra luz.
Infeliz quem reside
nesses fins de mundo
e tem que ir pra cama
tão logo as galinhas
se aquietem nos ninhos
e os pássaros adormeçam
num galho qualquer
sobre uma bica d`água.
Tristes, tão tristes me soam
os ecos dos ventos
carregados de uivos e de vozes do além...
Luiza Válio
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