Capão Bonito terá sua primeira escola sustentável
A Prefeitura de Capão Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Educação, atualmente comandada pelo advogado Dimas Cordeiro Miranda, está finalizando a construção da primeira unidade escolar sustentável do município. A futura creche localizada no bairro Jardim Alvorada terá um sistema exclusivo de reaproveitamento das águas pluviais e captação de energia solar. A escola sustentável foi pensada pelo próprio secretário da pasta de Educação, Dimas Cordeiro, que é filiado ao PV (Partido Verde). Nesta semana, a reportagem d’O Expresso visitou o canteiro de obras onde está sendo edificada a creche que vai atender 120 crianças de 0 a 5 anos. Logo na entrada, a rampa que leva até a área interna foi devidamente construída respeitando as normas de acessibilidade, exigidas por Lei Federal. Em seguida, o secretário Dimas Cordeiro Miranda apresentou todo o sistema de reaproveitamento das águas de chuva. Na escola, as chuvas de verão não servirão apenas como refresco para os dias quentes. Com um sistema simples, porém moderno e inovador, é possível reaproveitar essa água que cai do céu em vasos sanitários, na irrigação dos gramados e jardins, e na limpeza geral da unidade escolar. De acordo com o projeto técnico, as águas que correm pelo telhado, caem num conjunto de calhas e drenagem e são distribuídas por uma canalização especial. Antes de serem conduzidas ao reservatório - com capacidade de 10 m³ - para armazenamento, passam ainda por uma filtragem que reduz o maior número de impurezas possíveis. “É um sistema inovador e que contribui com o meio ambiente. Estamos preservando a nossa natureza com ações e não com discursos”, disse. Segundo o secretário, as águas reaproveitadas serão utilizadas na limpeza geral da escola e nos sanitários. Cordeiro calcula uma economia de 80% com a racionalidade. “Como a água de chuva não se mistura à fornecida pela Sabesp, foi preciso instalar tubos e caixas extras”, falou o secretário. Outra novidade é o sistema de placas que capta energia através dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. As quinze placas de silício vão produzir megawatts suficientes para aquecer chuveiros e torneiras com opção de água quente. Além disso, todas as salas destinadas aos alunos infantis possuem janelas amplas, o que facilita a iluminação e ventilação natural. “Com a captação de energia solar, vamos ter uma economia de mais de 30% na conta de energia elétrica. O chuveiro é considerado um dos aparelhos que mais consome energia elétrica, e aqui eles serão mantidos com energia solar”, citou o secretário. A obra está estimada em R$ 1,5 milhão, mas o secretário explica: “Em geral, construir de forma sustentável custa 10% mais que uma obra comum, mas isso não é custo, é investimento”, relatou. Com 564,50 m² de área construída e prazo de entrega fixado para dezembro de 2012, a creche do Jardim Alvorada será um exemplo a ser adotado como “obra pública sustentável”.
Jornal "O Expresso".
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