Um dos maiores conhecedores da música, principalmente da clássica, ele poderia ser chamado de “Biblioteca Ambulante”, tal cabedal de informações que possuía dos mais variados temas e assuntos, integrante do “Grupo Estadão” e professor em escolas superiores de gabarito, na capital paulista.Jota J. de Moraes, que em sua infância, na Quintino Bocaiúva, aprendeu o sentido da vida com seus pais, Jota Messias e a inesquecível professora Nair Messias, mas também com Ananize Rezende, entre o som de gementes violões ele, atento, ouvia as histórias, com emoção e criatividade da veneranda senhora sobre Itapetininga. Com uma velha máquina fotográfica registrava os pontos históricos e pitorescos da cidade e através dos “retratos” elaborava magníficos textos a respeito do assunto. Estudante aplicado cursou o “clássico” na Peixoto e formou-se em Letras na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, na Vila Barth, sob a direção de José Ozi, depois doutorando em música e artes na ECA da USP.
Uma vida estudantil repleta de realizações: no legendário “Grêmio Fernando Prestes”, no teatro, com José Luiz Holtz, Beth Abrão, Cândida Reis e outros; na agitação do conturbado regime militar, os protestos e nos festivais de música apresentados na própria “Peixoto” e “Clube Venâncio Ayres” com Tereza, Regina e Neusa Aboarrage e Lobo, de São Miguel. Na Capital Paulista o jornalismo “No Jornal da Tarde” e “Estadão”, sobre música e no Jornal do Brasil, crítico musical de uma lisura impar, argumentava que crítica, assim como a conhecemos hoje, é um fenômeno relativamente novo. Ela foi uma das muitas conseqüências da invenção da invenção da imprensa, e seu grande prestígio, a sua força, vem do século passado.”. Professor na USP e outras instituições superiores de ensino. Foi conselheiro artístico da Sociedade de Cultura Artísticas de São Paulo; lançou o Livro “O que é a Música”; compôs diversas canções, e, ultimamente dedicava-se à atividade de professor, responsável por concorridos cursos de “Introdução à História da Música”. Vítima de Insuficiência Respiratória, J. Jota de Moraes, 68 anos morreu nessa última terça-feira, em São Paulo e foi sepultado em Itapetininga.
-Alberto Isaac para o Correio de Itapetininga, edição 380.
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