quarta-feira, 13 de junho de 2012

RIO+20, ONDE SE É APENAS PELO FUTEBOL...




No pavilhão destinado ao Brasil, inaugurado pela presidenta Dilma, a letra B caiu e ficou somente a palavra Rasil.




Stands sendo arrumados às pressas, alguns espaços totalmente vazios, falta de energia em algumas lanchonetes e internet wi-fi fora do ar. Assim estava o Parque dos Atletas, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, ao receber a presidenta Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira (13). 
O local integra o mapa de endereços da Rio+20, reunindo stands dos países participantes da conferência da ONU com exposições de políticas ambientais de cada nação. 

A presidenta Dilma foi ao parque para inaugurar o espaço destinado ao Brasil. Sua visita, no entanto, acabou gerando transtornos extras no local. As bebidas em uma lanchonete de fast-food estavam quentes por volta das 12h30. “Não tem um refrigerante gelado, moço?”, perguntava uma visitante ao atendente. “Nada. Não conseguimos colocar para gelar. Como a Dilma veio, barraram a entrada da entrega do gelo”, explicou o funcionário. 
Comida também estava difícil de ser encontrada. Uma lanchonete de hambúrgueres e outra de pizzas estavam sem luz. Sem eletricidade, não tinha como ligar os equipamentos para produzir os alimentos. Um gaiato ao ouvir a justificativa sugeriu que fosse utilizada energia solar, aproveitando o conceito ecológico. 
Na área de 125 mil metros quadrados, que recebeu no ano passado o festival Rock in Rio, também estava difícil encontrar muitos stands funcionando. No do Brasil, mal a presidenta Dilma acabou de sair, um problema: a B do nome do país descolou, restando apenas Rasil. 
Próximo dali, barracas mostravam a riqueza das frutas brasileiras. Melancia, morango, caju, caqui, carambola. Essas eram algumas das frutas apetitosas que estavam no local. Experimentar alguma, entretanto, era proibido. “A prova foi suspensa”, dizia um atendente. “Agora só pode olhar e imaginar o sabor”, completou. 
Alguns stands corriam contra o tempo no Parque dos Atletas. Não era difícil encontrar alguém colando um cartaz ou serrando algo às pressas, como no da Turquia, por exemplo. Outros, como o da Indonésia ou de Chade, estavam prontos, mas vazios. Já o espaço do Gabão não tinha nada. 
Mas nem tudo estava fora do lugar. O pavilhão dos Emirados Árabes Unidos, da Alemanha e da Suécia eram alguns dos poucos prontos. Neste último, uma atendente recebia os visitantes com explicações e folhetos sobre as políticas ambientais do país e ainda oferecia guloseimas e sucos. Gelados.


Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro

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