ESPECIAL VEJA:
LUIZ CARLOS PRESTES, O CONTO DAS CABEÇAS CORTADAS.
Publicado na edição impressa de VEJA
“A repetição dos prognósticos calamitosos se revelou uma especialidade de Prestes”, escreveu o historiador marxista Jacob Gorender, que sempre teve a grandeza de, sendo um dos mais refinados e respeitados intelectuais da esquerda, denunciar seus deslizes.
Luiz Carlos Prestes foi mais Luiz Carlos Prestes do que nunca na crise que culminaria no golpe contra Jango.
O Cavaleiro da Esperança da Coluna que levou o seu nome no início dos anos 20, o lendário secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro que apoiou o Estado Novo de Getúlio Vargas depois de ele ter deportado sua mulher, Olga Benário, para os nazistas, o calculista que em 1947 assegurara aos seus pares que o PCB não seria proibido (foi), o chefe do partido que se igualara à UDN na grita contra Getúlio, em 1954, começou 1964 esgrimindo sua especialidade e a levou até a véspera da derrubada do governo que apoiava.
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