terça-feira, 10 de junho de 2014

OS QUINTAIS DO MEU TEMPO

Não me lembro de ter conhecido o sabor de uma varinha de marmelo, mas da cinta, ah, essa eu conheci muito bem! Umas duas ou três vezes senti seu calor sobre meu corpo.
Que tal voltarmos um átimo de segundo para falarmos de passado?
Não do seu passado, mas do meu. E, então, depois que souber do meu, compare com as mudanças do seu para o meu e do nosso para os dias atuais.
Dá para imaginar como será lembrado o hoje, o "passado" de amanhã?
Com certeza não será como o do meu tempo, nem tampouco estarei aqui para lembrá-lo. 
Todavia, gostaria que todos os homens de hoje tivessem o prazer de ter vivido naquele meu tempo, quando a vida traduzia-se num sentimento bom e quieto que ficava acomodado dentro da gente, quando se podia segurar o momento e voltar a desejá-lo logo mais, quando as pessoas não viviam perturbando as outras, como fazem hoje com tanto merchandising gritando nas rádios, nas televisões, nos carros de som que correm pelas ruas.
É gente correndo atrás de dinheiro, de muito dinheiro.
No meu tempo, não estávamos no mundo apenas para competir nem querer tudo aquilo que os outros possuíam só para nos sentirmos iguais ou semelhantes.
Na minha época, os eventos não acompanhavam o relógio.
Hoje, o relógio vem antes das horas, vem antes de tudo.
Quando queremos curtir a nossa vida, a nossa família, as nossas coisas, eis que eles nos tiram do sério.
Não nos querem vivendo em paz.
Ousemos! 

Nenhum comentário: