Quem foi seu aluno ou se lembra dela lecionando na terceira série do Primário na Escola "José Gomide de Castro", em São Miguel Arcanjo, pode até compará-la ao porte da presidente afastada Dilma Rousseff: parecia um soldado sempre pronto para a luta, a luta de ensinar.
Quando ela chegava na sala, não se ouvia nem um pio; os alunos morriam de medo dela.
Naquela época, professor podia dar reguada na cabeça da gente, puxar nossa orelha até quase arrancá-la do corpo, xingar a gente de burro e de outras coisas, atirar um apagador na testa da gente, colocar a gente de castigo em pé no corredor fora da classe ou à frente da mesma, olhando para a parede, ao lado do quadro-negro, sabendo que os colegas tirariam um sarro não ali, mas no recreio, na saída da escola, pela vida afora...
A professora Lurdes fazia tudo isso, porque podia fazer; consistia em parte da educação naquela época.
E quando ela reclamava para o pai da gente?
Aí, então, era levar pancada duas vezes, que em casa, depois da volta da escola, o pai tirava sua cinta e deixava ver no nosso lombo.
Conheço diversos ex-alunos da professora Lurdes Muller.
Muitos deles carregam traumas até hoje, porque foram difíceis de administrar ao longo da vida.
A professora Lurdes Muller foi uma das mais rígidas, mais intransigentes e mais inflexíveis docentes que já tivemos em nossa cidade.
Mas
os "pecados" cometidos pela nossa professora, hoje são relembrados e
até perdoados por muitos dos alunos que aprenderam suas lições pela maneira
austera com que foram ensinados.
Por bem ou por mal, no passado os estudantes aprendiam.
Hoje, nem por mal e muito menos por bem eles conseguem levar algum ensinamento para casa, não é mesmo?
Obs: A foto foi "surrupiada" da página dela no facebook.
SAÚDE, PROFESSORA LURDES MULLER!
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