quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

QUE PAÍS É ESSE?

Vinte países reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Ministro da Defesa reafirmou apoio a Maduro: ‘As Forças Armadas estão aqui para evitar um conflito entre os venezuelanos’.
Jornal Nacional/
24/01/2019 



No momento mais grave da crise política e social em que a Venezuela mergulhou, a cúpula militar anunciou de que lado está. 
E foi em apoio ao governo de Nicolás Maduro, contrariando a imensa maioria de líderes mundiais. 
A comunidade internacional em peso reconheceu a legitimidade do governo interino de Juan Guaidó.
A Organização Observatório de Conflitos Sociais disse que o número de venezuelanos mortos nas manifestações desta semana chegou a 26.
A Venezuela amanheceu com dois governos rivais, mas com relativa calma nas ruas.
Janelas quebradas, fachadas de lojas depredadas e o que restou de um caminhão incendiado são algumas das marcas dos protestos expostas na capital, Caracas.
"O país está acordando triste e a maioria das pessoas não reconhece a legitimidade de Nicolás Maduro", diz um morador.
Já outro, defensor de Maduro, diz que a oposição está fora da lei.
Juan Guaidó, o líder da Assembleia Nacional, agradeceu o apoio internacional que vem recebendo. 
Vinte países, inclusive o Brasil, já reconheceram a autoridade dele como presidente interino.
Rodeado por militares, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, voltou a afirmar que apoia Maduro:
"As Forças Armadas estão aqui para evitar um conflito entre os venezuelanos", ele falou.
Nicolás Maduro tomou posse pela segunda vez como presidente venezuelano duas semanas atrás, depois de uma eleição em maio que foi considerada fraudulenta por observadores internacionais.
Nesta quarta-feira (23), ele acusou os Estados Unidos de liderarem um golpe de Estado.
O governo dos Estados Unidos disse que não vai obedecer a ordem de Maduro, que deu 72 horas para que os diplomatas americanos saíssem da Venezuela. 
O secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou numa reunião da Organização de Estados Americanos uma ajuda humanitária de US$ 20 milhões ao governo interino do país. Ele também convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, para o próximo sábado (26).
Na quarta-feira (23), quando perguntado se cogitava uma intervenção militar na Venezuela, Donald Trump respondeu que "todas as opções estão sobre a mesa".
Nesta quinta-feira (24), a Rússia disse que vai proteger a soberania da Venezuela e que considera Maduro o presidente do país.
O chanceler Sergei Lavrov afirmou que uma intervenção militar externa na Venezuela teria consequências catastróficas.
O presidente turco Recep Erdogan também demonstrou apoio a Maduro, se disse chocado com a declaração de Trump e falou que acredita que Maduro vai superar o que chamou de "período problemático."
A China, sem citar o nome de Maduro, alertou para o risco de interferência externa e declarou apoio a independência do governo venezuelano.
As Nações Unidas pediram investigações transparentes sobre as mortes em protestos que ocorreram desde o início da semana e apelou para que os dois lados estabeleçam um diálogo para resolver a crise na Venezuela.


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