Que fim levaram os sonhos daquela gente aguerrida que tinha atitude e malícia?
Será que foram sonhos sonhados para toda uma coletividade ou simplesmente sonhos particulares que aumentaram suas próprias regalias?
Por que será que não deixaram rastros desse sangue evolutivo nem nas veias de seus descendentes?
Enquanto escrevia estas linhas, eis que me surge o jornal Postal Sãomiguelense, onde o proprietário tece suas considerações a respeito deste mesmo assunto, num texto divagatório intitulado "A São Miguel que Sonhamos".
Pergunto ao Miguel Terra: quem é que sonha com "um município plenamente desenvolvido, onde haja toda a qualidade de vida desejada pelos nossos munícipes?... É possível uma São Miguel do futuro assim sonhada, ou será melhor vivermos do passado, quando éramos felizes e não sabíamos?"
Meu caro amigo Miguel, como é que o povo vai sonhar com coisas boas se não conheceu desse passado?
Meu caro amigo Miguel, como é que o povo vai querer um município melhor, se não tem capacidade e nem condições para compará-lo com outros?
E como é que o povo vai perder tempo com sonhos, se ele precisa viver, e vai vivendo e levando a existência como Deus quer, pois que a vida é breve.
Porque vida, Miguel, é para quem vive.
Com problemas, melhor ainda!
Tem casamento hoje!
Olha o rodeio vindo aí, gente!
O menorzinho nem fez um ano e a mulher do sicrano engravidou de novo!
Terá casa para alugar?
Trabalhar em banco é difícil; vou ver se passo no concurso da Prefeitura!
Vê, amigo Miguel Terra?
Quem pensa em sonhos para a cidade de São Miguel?
Nem o Arcanjo!
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