sexta-feira, 11 de maio de 2012

UM POEMA DE NIETZSCHE... PARA UM ATEU!


Mais uma vez, antes de prosseguir caminho,
E olhar para a frente,
Ergo, solitário, minhas mãos a ti,
A ti, a quem me refugio,
A ti, ao qual consagrei altares, solenemente,
Nas mais profundas profundezas do meu coração.
Para que em todos os tempos,
Tua voz me chamasse novamente,
Gravada profundamente no meu altar
Resplende a palavra: AO DEUS DESCONHECIDO.
Dele eu sou, ainda que até a presente hora,
Permaneça no bando dos ímpios.
Dele eu sou, e sinto os laços
Que me arrastam à luta.
Lá embaixo,
Que, embora eu fuja,
Me obrigam a servir-te.
Quero conhecer-te, ó DESCONHECIDO!
Tu, que empolgas minha alma profundamente,
Que, qual tempestade, penetras minha vida,
Tu, o Inatingível, que és afim comigo,
Quero conhecer-te - quero até servir-te.

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