“Vó Cora falava pouco de si, muito contavam dela os quatro filhos, um homem, três mulheres.
Conheceu Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas, recém-nomeado chefe de Polícia de Villa Boa, durante uma tertúlia literária.
Tinha 20 anos, já era uma "solteirona".
Entre poemas, récitas e acirrados debates culturais se apaixonaram.
Fugiu com ele para Jaboticabal, interior de São Paulo.
Cantídio era homem separado, tinha filhos na capital paulista. E uma outra filha, fruto de romance com uma índia, durante passagem pelo Norte de Goiás.
Essa, Cora criou.
Saraus literários ou não, Cantídio nada gostava do pendor da mulher.
A Cora ousada, que deixou para trás preconceitos sociais, pouco ligava.
Publicava artigos nos jornais de Jaboticabal (....)”
- Ana Maria Tahan, neta de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, Cora Coralina, nascida em 1889 e morta em 1985.
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