quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O PODER VAI APODRECENDO AS PESSOAS

Promotoria acusa ex-prefeito de São Paulo e mais 6 de improbidade administrativa. 
Empresas também são apontadas como partes de esquema.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital ajuizou, nesta segunda-feira (27/8), ação civil contra sete pessoas físicas e cinco empresas por improbidade administrativa. 
Entre os acusados estão o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o ex-secretário municipal de Saúde José de Fillipi Junior, o empresário Ricardo Pessoa, o doleiro Alberto Youssef e o ex-tesoureito do Partido dos Trabalhadores João Vaccari Neto. 
Já as empresas acusadas são UTC Participações, UTC Engenharia, Constran e LWC Artes Gráficas e Candido e Oliveira Gráfica. 
De acordo com a Promotoria, Pessoa, controlador da UTC/Constran, foi instado por Vaccari Neto a pagar uma dívida com gráficas responsáveis pela impressão de material de campanha de 2012, em que Haddad foi eleito prefeito. Ainda segundo a petição inicial, Haddad tinha tinha pleno domínio dos interesses das empresas envolvidas nas grandes obras públicas da Prefeitura de São Paulo, enriquecendo ilícia e indiretamente graças ao esquema. Para o promotor de Justiça Wilson Tafner, Fillipi Junior atuou em tratativas e apresentando Haddad a Pessoa, "circunstância que deu ensejo ao pagamento das dívidas de campanha com as gráficas referidas como forma de angariar 'créditos' visando a um futuro favorecimento do Grupo UTC/CONSTRAN junto à nova administração municipal (...), bem como em relação ao recebimento de propina por Fillipi Junior, paga por Ricardo Pessoa", diz a inicial
Pelo apurado, a operacionalização dos pagamentos de dívidas junto às gráficas era feita por Youssef.
O membro do MPSP pediu à Justiça concessão de liminar determinando o bloqueio dos bens de todos os envolvidos no valor de R$ 14.140.729,68. No caso de Pessoa, Fillipi Junior, Walmir Pinheiro Santana, UTC Participações, UTC Engenharia e Constran, a esse montante deve ser somada a quantia de R$ 1.027.972,60. 
Nos pedidos principais, a Promotoria solicita a condenação de todos os acusados por improbidade administrativa, com imposição de penas de perda dos valores (atualizados) acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder público.

Núcleo de Comunicação Social
Ministério Público do Estado de São Paulo - 


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