Entre as cores encontradas em rochas, plantas e animais, o azul é a mais rara, presente em menos de 10% das plantas e 1% dos animais (entre mamíferos é raríssimo).
Para uma flor parecer azul, precisa de ser capaz de produzir uma molécula que possa absorver quantidades muito pequenas de energia. Já no que diz respeito aos animais, a cor azul não vem de pigmentos químicos. Em vez disso, eles contam com a física para criar uma aparência azul. As borboletas de asas azuis do gênero Morpho, por exemplo, têm nanoestruturas intrincadas em camadas em suas asas, que manipulam camadas de luz para que algumas cores se cancelem e apenas o azul seja refletido.
Por causa de sua escassez, a palavra azul chegou relativamente tarde às línguas ao redor do mundo, aparecendo depois das palavras preto, branco, vermelho e amarelo. O uso mais antigo do corante azul data de cerca de 6.000 anos atrás no Peru. Os antigos egípcios combinaram sílica, óxido de cálcio e óxido de cobre para criar um pigmento azul de longa duração conhecido como irtyu para decorar estátuas.
O azul ultramarino, um pigmento natural raro e de difícil extração a partir do lápis-lazúli (provindo do Afeganistão), valia como ouro na Europa medieval, reservado principalmente para ilustrar manuscritos sagrados e raros e em obras de artes de pintores da Renascença. Devido o seu altíssimo valor e raridade, o azul tornou-se símbolo da divindade hindu Krishna e da Virgem Maria cristã, e inspirou artistas como Michelangelo, Gauguin, Picasso e Van Gogh.
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