Chamava-se Mário Augusto de Medeiros.
Os documentos originais fazem parte do arquivo da família; cópias deles nos foram enviadas pelo seu neto Paulo Manoel da Silva Filho. Mário era filho de Manoel Rufino de Medeiros e Balduína Maria do Espírito Santo, ambos naturais de Campo Largo, hoje Araçoiaba da Serra. O casal residiu em Itapetininga e Capão Bonito, mas acabou estabelecendo-se em São Miguel Arcanjo, onde no dia 09 de janeiro de 1.889 nasceu Mário Augusto de Medeiros.
Manoel Rufino era Secretário da Câmara Municipal, músico e colaborador de jornais pela região. Assim foi que o filho Manoel desde cedo tomou gosto pelas artes da escrita e da política.
Casado em 17 de maio de 1.913 com Floriza Paulino da Silva, tiveram seis filhos: Genny, Maria, Ennice, Maria Aparecida e Benedito.
Em 1.920, com o afastamento do pai, que faleceu alguns meses depois, foi nomeado para o cargo de Secretário da Câmara, mas já atuava como funcionário público desempenhando funções tais como zeladoria do cemitério, fiscal municipal e secretário interino da Câmara.
Paralelamente a essas atividades, exerceu a carreira de jornalista, desenvolvendo diversas funções quando da elaboração dos semanários "O Progresso", "A Razão", "O Rouxinol", etc., onde ocupou os cargos de Gerente, Redator e Diretor.
Na região, colaborou com vários periódicos de Capão Bonito, Itapetininga, Tietê e Sorocaba e ainda foi correspondente do "Estadão".
Foi Inspetor de Quarteirão e Agente Recenseador do Município; socialmente, foi Diretor da Banda de Música União e Progresso, onde também participava como músico, Presidente e Orador do Esporte Clube Operário, Membro da Associação Beneficente São Francisco de Assis, Membro do Clube Literário e Recreativo "Campos Sales".
Empreendeu em 1.925 a inauguração da fábrica de licores, xaropes, vinho de frutas, gasosas e vinagre que recebeu o nome de "Fábrica Ennice", em homenagem a sua filha.
Depois de breve passagem por Capão Bonito, vai para Gramadinho onde monta a "Casa Rodovia", de secos e molhados. Em 29 de dezembro de 1.930 foi nomeado subprefeito de Gramadinho.
No ano de 1.932, transfere-se para Itapetininga para desempenhar a função de Administrador do Mercado Municipal.
Em 1.936, retorna a São Miguel Arcanjo, onde é nomeado Recenseador do Município para o Censo Agrícola pela Secretaria da Agricultura e Comércio do Estado.
De 1.940 até 1.947, é Encarregado do Serviço do Departamento Estadual de Estatística como Agente Recenseador do IBGE.
Foi membro de Diretório Político, quer como membro da Executiva, quer como Secretário. Foi ainda Secretário do Prefeito Abílio Ferreira, Vereador eleito e diplomado no ano de 1.922, Assessor e colaborador político do Deputado Estadual Dr. Gualberto Moreira.
Redigia inventários, partilhas de bens, procurações, contratos de concessão e/ou exploração de terras, etc.
Autodidata, desempenhou outra atividade bastante importante para a época: manipulação de remédios homeopáticos.
Faleceu em 31 de julho de 1.957.
Está sepultado no Cemitério Municipal de São Miguel Arcanjo, sua terra natal, onde até hoje não existe nenhum logradouro público que o homenageasse.
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