quinta-feira, 26 de julho de 2012

E POR FALAR EM COMÍCIO...

Houve um tempo em que havia somente um partido no país, a ARENA.
Até que surgiram cidadãos valentes, destemidos, de cabeça e pés no chão e amor à liberdade e ao povo brasileiro que fundaram o MDB, contrário ao despotismo do primeiro.
Claro que nem todas as cidades tinham coragem para fundar um partido contra o governo e, portanto, a ARENA se dividia em ARENA 1, ARENA 2, ARENA 3, e assim por diante.
São Miguel Arcanjo teve o seu MDB fundado e escorado pelo saudoso Luiz Válio Júnior, o Gijo Válio, meu pai, que não tinha medo de ninguém, muito menos de políticos.
Consta que certa vez, nas eleições de 1.976, os integrantes das duas chapas da ARENA local foram lá assistir a um comício do MDB na praça.
Presente no palanque, entre outros, o prefeito de Itapetininga, o saudoso Darci de Moraes que, num dado momento, concitou os eleitores a votarem na oposição, porque a situação do país era grave e a maioria da população estava passando fome.
Foi aí, nesse momento que começaram as vaias contra Darci.
Umas 50 pessoas do lado contrário, claro, começaram a jogar pedaços de bananas podres e ovos, cobrindo todos os candidatos e convidados que se encontravam no palanque. 
Jaime Tozzo, candidato do MDB, culpou Luiz Gonzaga Albach, o Zaga, pelos incidentes, pois o pessoal do MDB era composto de inimigos intransigentes desse político.
Claro que ele negou.
Mas o caso foi parar na imprensa maior de São Paulo.
Está lá na edição de 13 de outubro de 1.976 do "Estadão".  

OBS: Jaime Tozzo foi embora para o município de Capão Bonito onde na década de 90 veio a eleger-se lá  vereador.
No ano de 2.000, atropelou uma pessoa em São Paulo e foi condenado em 2.007, mas entrou com recurso, e se defende até a presente data.
O caso - A notícia: 04/08/2007 - 16h40


Júri condena ex-vereador por atropelamento em SP
Sorocaba - O Tribunal do Júri de Itapetininga, no interior de São Paulo, condenou hoje o ex-vereador de Capão Bonito Jaime Tozzo e seu filho Jaime Tozzo Júnior a 8 anos de prisão por terem atropelado, no final de 2000, o estudante de veterinária Flávio Foizer. Eles foram julgados por tentativa de homicídio, pois as investigações mostraram que o atropelamento teria sido proposital.

A vítima, na época com 19 anos, viajou com amigos para uma festa de formatura em Itapetininga. Tozzo Júnior era um dos formandos e, na saída, se desentendeu com o grupo de Flávio. Pai e filho perseguiram o carro dirigido pelo estudante até a rodovia Raposo Tavares, onde o rapaz decidiu parar. Ao descer do carro, Flávio foi atropelado duas vezes. O estudante sobreviveu, mas ficou com sequelas irreversíveis.

Os acusados, segundo a polícia, acabaram confessando o crime. Pai e filho foram denunciados por tentativa de homicídio duplamente qualificado. O julgamento, encerrado na madrugada de hoje, durou mais de 14 horas. Os jurados, por 4 votos a 3, consideraram os réus culpados. O advogado de defesa, José Luiz de Abreu, vai pedir a anulação do Júri por entender que a decisão contrariou as provas. Tozzo e o filho vão aguardar em liberdade o julgamento do recurso.

José Maria Tomazela.

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