sábado, 17 de agosto de 2013

ACONTECEU A 3 DE NOVEMBRO DE 2.005

Nunca vi nenhum fantasma, mas já percebi que fui tocada por alguns, pois diversas vezes senti desses arrepios que não são de frio e que surgem do nada.
Não curto dessas coisas que só fazem atrasar nossa vida, nem estou disposta a deixar que a vida passe assim, misteriosa, fúnebre, sorrateira, lúgubre.
Por que estou dizendo isso?
Porque no próximo mês de novembro vai fazer oito anos que tive uma experiência assaz interessante.
Acho que até já escrevi sobre isso.
Essa experiência, sim, foi muito interessante.
Na noite de 3 de novembro de 2.005, fui dormir na casa de uma das minhas irmãs, a fim de lhe fazer companhia, numa fase muito triste de sua vida, quando então preparava-se para divorciar-se de um marido que a vinha mantendo por muito tempo sob seu jugo.
Finalmente liberta, minha irmã resolveu definitivamente a questão, tirando-o de casa com a ajuda de alguns policiais.
Pois então.
Estávamos deitadas, ela no quarto, eu no sofá da sala contígua à cozinha.
Conversamos bastante e, afinal, calamo-nos, cada qual pensando que a outra já dormia, pois a madrugada chegara.
Então, de repente, vi uma luz azul muito tênue tomar conta de toda a atmosfera da casa; e era uma luz tão real e fascinante essa que me  envolvia, que não tive medo nem reservas sobre ela, deixando que chegasse e fizesse ali o seu trabalho (?).
Fiquei bem quieta, à mercê daquele evento nunca visto nem sentido em toda a minha vida.
O tempo parou; havia eco de vozes sussurrando longe dali, mas ali mesmo. 
Onde? 
Por sobre a casa? 
No meu ouvido? 
O que seria aquilo?
Para que veio?
Não demorou, segundo meus cálculos, mais do que alguns minutos.
Só não me lembro se dormi antes ou depois de o evento terminar.
No dia seguinte, à mesa do café, claro que era grande a vontade de contar para minha irmã tão estranha e linda experiência, tão envolvente episódio, mas achei que não devia, pois poderia ter sido mesmo um sonho.
Mas como calar?
Se simplesmente um sonho, foi bom e merecia um destaque, porque aconteceu na casa dela. 
E se fosse uma benção?
Fosse de quem fosse o mérito, ela deveria saber de tudo.
Mas quando comecei a contar, ela já sabia.
Na verdade pensávamos que a outra dormia, mas ambas estávamos acordadas.
Até hoje, aquele momento de paz dorme no profundo de nossa existência, sem explicação.
E até hoje não tivemos resposta sobre de fato o que aconteceu naquele dia 3 de novembro de 2.005 na rua Campos Sales, próximo ao Ribeirão do Pacinho, na singela cidade de São Miguel Arcanjo.

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