segunda-feira, 19 de agosto de 2013

COISAS LINDAS DO AMIGO VALIONEL:

O QUINTAL DO VIZINHO

Tenho mudado de janela mas meus olhos procuram o mesmo horizonte.
Nossa ! Quanta estrada caminhei!
Os meninos fazem as pipas planar sob o infinito azul.
Pelo meio das poucas árvores do quintal raios de Sol se jogam no chão de terra preta e lambuzam de brilho a capa do coqueiro.
Eu me vejo lá em meio as árvores juntando gravetos, preparando um fogo, dormindo em uma cabana milenar completamente integrado ao Universo.
Nossa ! Quanta estrada caminhei!
Meus olhos no horizonte azul procurando sinais na vastidão.
Se não me houvessem barreiras físicas por onde iria caminhar agora?
Mudo de janela, mas meus olhos procuram o mesmo horizonte.
Tudo dá lugar às pessoas e suas casas.
Não é pelas árvores que reclamo agora é por um simples pé de vassourinha uma serralha, um mato silvestre qualquer, uma nesga de terra, uma rosa no cimento quebrado da calçada, ou a manifestação delas em um terreno baldio.
Nada, nem um matinho, do mais frágil e pequenino se manifesta em pátria imobiliária, em pátria inquilina, onde ninguém habita bem! A fumaça das folhas e dos gravetos queimando no quintal do vizinho entra pelas minhas narinas e eu viajo pelo tempo da espécie dos da minha laia.
Nossa! Quanto caminho caminhei!
Léo Tomaz 2001

DA NATUREZA II
(em construção)

Olhe,
Quem dá vida às pedras dá ao Boitatá, ao Saci.
Quem dá vida à Lua dá ao Curupira, ao Lobisomem.
Quem dá vida às águas escuta conversa das corredeiras e dá vida à Mãe d'água, a Iara, ao Boto Tucuxi.
Quem ouve a música do mar dá vida à Sereia, à Netuno, que não me fazem mal nenhum, nem à inteligência, nem à natureza ... e você ainda olha para o céu e consegue apenas ver estrelas?
Olhe, 
Não apenas a preservação das espécies, mas também as cores, as folhas secas, os troncos caídos, os emaranhados, as silhuetas. Não apenas o que está vivo... e sim de todas as composições, todas as linguagens, todas as manifestações ...e você ainda vai aos cemitérios e consegue apenas ver mortos? 
Olhe, não apenas para quem está vivo, ou quer estar vivo, mas quem queira mais que isso queira também a visão da arte, a sensibilidade, o desejo, a alegria, a tristeza, a solidão, , a emoção, a sensação, a imaginação de todas as composições estéticas, os beijos, os abraços, festa e construção, sonhos, poesias, encontros casuais. ... 
e você ainda olha para o vale e consegue somente ver flores?
Léo Tomaz ( Valionel Tomaz Pigatti)
28/07/2003.

Conheça mais sobre o poeta no VALIONEL, OPINIÃO.

Nenhum comentário: