terça-feira, 13 de agosto de 2013

GRANDES MULHERES: EU SOU FÃ DE XÊNIA BIER

Ela se chamava Xênia, mas só na televisão.
Na vida real, era Vilma Bier, nascida em 1.935 no bairro Itaim Bibi, capital paulista.
Começou no final da década de 50 na Tv Cultura.
Atuou nas novelas "As Professorinhas", "Escrava do Silêncio" e "O Moço Loiro".
Exclusiva apresentadora do "Light Convida", foi aí que começou a ser conhecida e combatida no Brasil inteiro.
Da Cultura foi para a Bandeirantes, para a Globo, para a Manchete, para a Gazeta, depois para as rádios Bandeirantes e Capital.
Na televisão, teve sempre um público fiel.
Xênia entrevistava profissionais de todas as esferas e dava sua opinião própria sobre os acontecimentos diários no Brasil e no mundo, doesse a quem doesse.
Veja abaixo um texto seu recente:

QUANTA ENCENAÇÃO, XUXA!

Gente, eu estava lendo e minha neta vendo TV quando ouvi a voz da Xuxa aos prantos, quase em surto. 
Como estava distraída, levei um segundo para perceber que era a chamada do Fantástico. 
Em seguida, a Renata Ceribelli, que disputa com o Fausto Silva quem grita mais, anunciou: 
- “Não perca domingo no Fantástico: Xuxa vai contar um segredo nunca revelado!”.
Se nunca havia sido revelado, claro que seria um segredo! Fiquei curiosa, aliás, cara leitora, um dos meus muitos defeitos: sou curiosíssima!
No domingo, me aboletei no sofá e ofereci a Deus a penitência de assistir a todo o Fantástico. 
Sei que o programa anda com problema de audiência e, com razão: o mundo mudou, uma nova humanidade surgiu e o Fantástico continua o mesmo. 
Não adianta mudar os âncoras, é hora de aposentar o Fantástico.
Desta vez, Xuxa foi o boi de piranha. 
Fiquei paralisada, vendo aquela criança de 49 anos pagando mico. 
Sei que vou levar cacetada de todo lado, mas a história do abuso sexual quando criança não desceu redondo. 
E, se realmente aconteceu, não é assunto para se tratar de maneira sensacionalista. 
Coloquei dois pés atrás, porque tenho memória, ainda, e muito do que foi dito eu acompanhei. 
São fatos que não aconteceram exatamente como foi contado. Não entro em detalhes porque não tenho esse direito. 
Outra coisa me chamou atenção. 
Na chamada, Xuxa chorava; já no programa, não. 
Ela desabou a contar suas histórias de forma precária com um vocabulário quase infantil. 
E eu fiquei olhando aquele ser humano triturado pela fama, fazendo o que mandaram fazer e com os olhos pedindo socorro.

Por essas e outras opiniões, é que continuo sendo sua fã número um, Xênia!

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