terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"ALMANAQUE SÃO MIGUEL"

Dizia um grande filósofo que o Governo é parecido com o aparelho digestivo. Quando tudo vai bem, a gente nem sabe que existe.
Li isto no "Almanaque São Miguel", de 1954, ofertado pelo saudoso Cônego Francisco Ribeiro ao também saudoso Paulo Manuel Silva, conhecido como Paulico Brandão, o mais fino e elegante barbeiro que São Miguel Arcanjo já teve.
Esta relíquia me foi ofertada pelo seu filho, Paulo Manuel Silva Filho. 


Digo relíquia, porque traz a letra do nosso querido Padre Francisco (deu para ver?).
Editado em terras gaúchas, o Almanaque São Miguel 1954 traz um conto de Carmen Pinheiro Dias intitulado "O Outro Papai Noel"; uma entrevista de Joseph J. Sullivan com a primeira mulher na história a ver a canonização de uma filha: Signora Assunta Goretti, mãe da santa Maria Goretti; algumas pesquisas científicas sobre o mistério do Universo; uma história verdadeira sobre o náufrago ateu que encontrou a fé: trata-se de uma passagem na vida do capitão Eddie Rickenbacker, do coronel Hans C. Adamson e seis companheiros ( dentre eles o autor da narrativa, James C. Whittaker, ateu) que passaram 21 dias entre a vida e a morte em pequenas jangadas de borracha no sudoeste do Pacífico; Orpheu Spalding escreve sobre os mártires de Lião; Anacleto Ortigara fala sobre a aparição de Nossa Senhora em La Salette; um texto sobre Fátima; um texto do antigo radialista Guimarães Santos; pesquisas atuais sobre a China; estudos sobre o gaúcho ( suas lides, seus costumes e divertimentos); milagres de Cristo; cirurgia no coração; artigo de Steven M. Spender sobre o átomo; texto sobre Luiz Slotin, a primeira vítima da bomba atômica; texto de Fulton Sheen sobre o amor; estudos sobre os discos voadores; texto do padre Pedro Schneider; um conto de Cláudio J. Furtado; Sousa Costa conta passagens da vida de São Francisco de Assis; um conto de Gustavo Barroso; um conto de Coelho Neto; um texto de Gabriela Swinger Silveira; um comentário de Felipe Baleine sobre Júlio Verne, o profeta do século XX; um conto regional de Benito José Fattori; muita publicidade, alguns poemas, pensamentos célebres, piadas e passatempos. 
Voltando ao pensamento com o qual iniciei esta postagem, atrevo-me a dizer que o perigo existe sempre que o nosso aparelho digestivo estiver funcionando bem.
Viu só o quanto viajamos?
   

Nenhum comentário: