José Antônio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br
A CPI Mista do Congresso que apura irregularidades cometidas dentro da Petrobras, descobertas a partir da Operação Lava Jato da Polícia Federal, vota na terça-feira requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR) para convocação do empresário sorocabano Laércio Pereira, ex-proprietário da Petrosul Distribuidora.
O nome de Laércio aparece nas anotações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa que revelou, por meio de delação premiada, detalhes do esquema de corrupção implantado dentro da companhia. Pereira estaria associado a negócios com grande potencial na área de distribuição de combustíveis.
Segundo consta, ele e Paulo Roberto seriam próximos e chegaram até a viajar juntos de jatinho. Mais: em 2007, quando estava à frente da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, o executivo concedeu à Petrosul crédito sem garantias. A empresa não pagou e responde a processos para cobrança do montante de R$ 100 milhões que tramitam pela 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Ontem, a PF deu continuidade à operação e cumpriu mandados de prisão. Executivos de grandes empreiteiras, entre as quais a OAS, a Camargo Corrêa e a Queiroz Galvão que, juntas, mantêm contratos com a Petrobras no valor de R$ 59 bilhões, tiveram as prisões preventiva e temporária decretadas. Todas as organizações fizeram doações às campanhas dos principais candidatos a presidente nas eleições deste ano.
Laercio não faz mais parte da sociedade; em seu lugar assumiram os filhos Alessandro e Aline. O pedido encaminhado à CPI pelo parlamentar toma por base reportagem publicada em abril deste ano pela revista Época. Além de pedir o comparecimento do empresário, Rubens Bueno requer a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico no período compreendido entre janeiro de 2005 e maio deste ano. O documento acrescenta que a Petrosul seria uma empresa tratada com privilégios dentro da estatal e que, inclusive, firmou contratos sob condições diferenciadas.
O envolvimento de Laercio Pereira no esquema, de acordo com a revista, resultaria das investidas de Paulo Roberto Costa junto a grupos empresariais de porte com o objetivo de prospectar "parcerias". Os entendimentos entre os dois começaram em 2007, a partir da concessão do empréstimo à Petrosul. Conforme executivos que acompanharam as tratativas, estas teriam sido intermediadas pelo advogado Milton Milréul, pessoa ligada ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. À publicação, Milréu negou que tivesse intermediado as transações, mas confirmou ter sido contatado pela Petrosul para atuar em ações que envolviam dívidas com a Previdência Social.
O Cruzeiro do Sul procurou pelo empresário Laércio Pereira, mas foi informado de que ele não estaria na empresa. A secretária que atendeu a ligação encaminhou o caso ao advogado Leonardo Scatolin, que ficou de divulgar posicionamento sobre o assunto. Até o fechamento desta edição não houve retorno. A assessoria de imprensa da Petrobras também foi contata para que fossem esclarecidos detalhes sobre o contrato, ou contratos, mantidos com a Petrosul e sobre a cobrança da dívida em ação judicial. A companhia, entretanto, também não respondeu aos questionamentos.
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br
A CPI Mista do Congresso que apura irregularidades cometidas dentro da Petrobras, descobertas a partir da Operação Lava Jato da Polícia Federal, vota na terça-feira requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR) para convocação do empresário sorocabano Laércio Pereira, ex-proprietário da Petrosul Distribuidora.
O nome de Laércio aparece nas anotações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa que revelou, por meio de delação premiada, detalhes do esquema de corrupção implantado dentro da companhia. Pereira estaria associado a negócios com grande potencial na área de distribuição de combustíveis.
Segundo consta, ele e Paulo Roberto seriam próximos e chegaram até a viajar juntos de jatinho. Mais: em 2007, quando estava à frente da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, o executivo concedeu à Petrosul crédito sem garantias. A empresa não pagou e responde a processos para cobrança do montante de R$ 100 milhões que tramitam pela 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Ontem, a PF deu continuidade à operação e cumpriu mandados de prisão. Executivos de grandes empreiteiras, entre as quais a OAS, a Camargo Corrêa e a Queiroz Galvão que, juntas, mantêm contratos com a Petrobras no valor de R$ 59 bilhões, tiveram as prisões preventiva e temporária decretadas. Todas as organizações fizeram doações às campanhas dos principais candidatos a presidente nas eleições deste ano.
Laercio não faz mais parte da sociedade; em seu lugar assumiram os filhos Alessandro e Aline. O pedido encaminhado à CPI pelo parlamentar toma por base reportagem publicada em abril deste ano pela revista Época. Além de pedir o comparecimento do empresário, Rubens Bueno requer a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico no período compreendido entre janeiro de 2005 e maio deste ano. O documento acrescenta que a Petrosul seria uma empresa tratada com privilégios dentro da estatal e que, inclusive, firmou contratos sob condições diferenciadas.
O envolvimento de Laercio Pereira no esquema, de acordo com a revista, resultaria das investidas de Paulo Roberto Costa junto a grupos empresariais de porte com o objetivo de prospectar "parcerias". Os entendimentos entre os dois começaram em 2007, a partir da concessão do empréstimo à Petrosul. Conforme executivos que acompanharam as tratativas, estas teriam sido intermediadas pelo advogado Milton Milréul, pessoa ligada ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. À publicação, Milréu negou que tivesse intermediado as transações, mas confirmou ter sido contatado pela Petrosul para atuar em ações que envolviam dívidas com a Previdência Social.
O Cruzeiro do Sul procurou pelo empresário Laércio Pereira, mas foi informado de que ele não estaria na empresa. A secretária que atendeu a ligação encaminhou o caso ao advogado Leonardo Scatolin, que ficou de divulgar posicionamento sobre o assunto. Até o fechamento desta edição não houve retorno. A assessoria de imprensa da Petrobras também foi contata para que fossem esclarecidos detalhes sobre o contrato, ou contratos, mantidos com a Petrosul e sobre a cobrança da dívida em ação judicial. A companhia, entretanto, também não respondeu aos questionamentos.
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