quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PARA NÃO SE PERDER A LIBERDADE

Max Eastman, um escritor socialista que deixou de sê-lo após aprofundar-se em seu estudo, já dizia que o princípio da responsabilidade coletiva pelos realmente necessitados pode ser mantido sem violar o princípio da concorrência. 
Ansiosos por fazerem o bem, obcecados com a suposta capacidade do Estado nesse sentido, destroem, em nome do bem-estar social, os próprios fundamentos da liberdade.
Um grande erro dos socialistas foi o de imaginar que podia haver paz fraternal numa solução de todos os agudos conflitos de interesses, de todas as lutas de castas e de classes.
Isso poderá acontecer no céu, mas na terra os homens sempre se dividirão em grupos com interesses em choque.
A tarefa necessária não é suprimir esses agrupamentos ou tentar reconciliá-los, mas conservá-los em estado de equilíbrio, nunca permitindo que qualquer deles se descontrole.
A nossa primeira preocupação deve ser tomar providências para que nenhum círculo ou grupo - seja o proletariado, os capitalistas, os latifundiários, os banqueiros, o exército, a igreja ou o próprio governo - tenha poder absoluto.
As nossas liberdades dependem do êxito desse esforço.
Só onde todos os grupos poderosos tem liberdade de competir com os outros pode a sociedade em conjunto ser livre.
O que se chama liberdade é a arena onde competem as diversas forças sociais.

Nenhum comentário: