Assim intitulava-se missiva dele para o "Estadão", publicada em 30 de outubro de 1.977:
"Sr. Redator - Apesar de saber que o povo não tem vez nessa conversa, quero deixar consignado, através desta coluna, que meu palpite, porque não tenho direito a voto neste caso, é de que melhor escolha não poderá haver, por parte do Colégio Eleitoral instituído pelo tal de pacote abril, para governar nosso Estado do que o sr. José Bonifácio Coutinho Nogueira.
Este senhor reúne todas as qualidades, desde as de bom administrador, de político honesto, de democrata convicto, as de tradição, pois é filho de Paulo Nogueira Filho.
Tem, pois, no berço, José Bonifácio Coutinho Nogueira, as letras da Democracia.
Devemos ainda considerar que candidato que foi, em votação direta, na sucessão de Carvalho Pinto, só não venceu as eleições por intromissão inaceitável da candidatura do ex- governador Jânio Quadros, que, numa espécie de vingança a Carvalho Pinto, deu o governo de São Paulo ao seu maior adversário, o sr. Adhemar de Barros.
Nada mais comprovável que a votação recebida por Jânio seria de Bonifácio Nogueira caso não houvesse aquela candidatura.
Nada mais justo, portanto, que Paulo Egydio teça os pauzinhos em favor do atual Secretário da Educação.
Ele merece.
Além disso, não está ligado a nenhum "grupelho" político do passado.
Lógico que esta minha conceituação prevalece somente no caso da votação obedecer aos critérios do "pacote de abril", pois de outra forma, teria que seguir as regras do meu partido, o MDB, do qual sou Presidente do Diretório neste município.
De qualquer forma, no entanto, estou ligado por princípios ideológicos e outras conceituações ao sr. Coutinho Nogueira, apesar de não o conhecer.
Em todas as suas manifestações públicas, nunca vacilou em defender critérios outros senão os democráticos.
Se o jogo for o que anda com cartas marcadas, nada melhor do que marcá-las com o seu nome para nosso Governador.
Luiz Válio Júnior- São Miguel Arcanjo."
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