segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A POUSADA DO BETICO FOI POR ÁGUA ABAIXO

Os planos de Alberto Cardoso, 41 anos, vulgo “Betico”, e de sua mulher, Renata Cristina Dias, de 34, estavam prestes a ser concluídos se não fosse o trabalho conjunto da Polícia Civil de Sorocaba, Itu e Iguape.
O casal foi preso no início da manhã de sexta-feira (27/09) junto com outras dez pessoas acusadas por integrar uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas que chegava a movimentar mensalmente R$ 100 mil. 
Seis suspeitos foram presos em Iguape e outros seis em Itu. Entre eles há um homem de Brigadeiro Tobias, em Sorocaba. 
A construção da pousada que “Betico” e a mulher tinham na praia de Ilha Cumprida era sustentada com o dinheiro do comércio ilícito que ele chefiava. 
Até que pudesse se mudar, o casal residia num condomínio na mesma praia.
De acordo com o delegado de Itu, Nicolau Isuf Santarém, responsável pela operação denominada “Pra lá de Bagdá”, Nelson de Jesus Oliveira Neto, 29 anos, era o subchefe do bando. Ele também foi preso e, conforme as investigações, que tiveram início há cerca de dois meses, respondia diretamente a Alberto. Os dois já estavam sendo procurados pela Justiça por tráfico de drogas.
Na Delegacia Seccional de Sorocaba, Santarém explicou sobre a atuação do bando na região e baixada norte do Estado, e apresentou seis presos: Anderson Vieira da Veiga, 30 anos, o “Ney”, que tem família em Brigadeiro Tobias, mas atualmente residia em Iguape; e
sse foi preso em Itu. 
Também foram apresentados Luiz Francisco Candiani, 33 anos, o “Luizinho”; Hércules César Luz Rosa, de 47, conhecido como “Careca”; Paulo Henrique de Souza, de 34, chamado por “Paulinho”; Edson Wesley Ribeiro, de 21, o “Chico”; e Francisco José de Oliveira Junior, de 24, o “Paraná”. 
Os outros seis presos estão em Iguape.
De acordo com o delegado Santarém, a operação recebeu esse nome porque a quadrilha utilizava um bar, chamado “Pra lá de Bagdá”, que fica no Jardim Estância Bom Viver, em Itu.
Ali eles recebiam, distribuíam e vendiam as porções de entorpecentes, além de organizarem o trabalho dos integrantes do bando. 
Ainda segundo o delegado, a droga com que a quadrilha abastecia a região ficava enterrada rente ao trilho de trem, perto do bar. 
Para encontrar o entorpecente, as equipes contaram com o apoio de cães farejadores. 
Três dos seis presos em Itu foram em flagrante. Na casa deles ou com eles, a polícia encontrou porções de drogas, entre cocaína, crack e maconha; e um total de R$ 2.575 em dinheiro. “Careca”, dono do bar, foi um dos presos em flagrante. 
Os investigadores encontraram no comércio e na casa dele várias porções de drogas. 
“Paulinho” e “Luizinho” também foram presos em flagrante. Esses três estão detidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba e os outros foram recolhidos à cadeia de São Roque.
Durante o cumprimento das prisões, que tiveram início às 5h30 de ontem e terminaram por volta das 15, as equipes encontraram na casa de Nelson um caderno, com folhas rasgadas por ele, que informavam os nomes dos integrantes da quadrilha e a quantidade de drogas passadas a eles. 
“São os nomes dos que estão presos”, garantiu Santarém.
Todo o processo contra a quadrilha será feito em Itu. 
Os presos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico e devem permanecer na cadeia por, pelo menos, mais 29 dias. 
Nos próximos dias, o delegado pretende concluir o inquérito e conseguir na Justiça a prisão preventiva dos envolvidos. 
“Nesse decorrer, outros integrantes da quadrilha podem ser descobertos”, ressaltou.
Reproduzida do Diário de Sorocaba.

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