terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ACERVO DE JORNAL VIRA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE


O Arquivo Público do Estado de São Paulo - APESP - recebeu neste mês de dezembro, o certificado do registro do jornal abolicionista "A Redempção" no Programa Memória do Mundo da UNESCO, regional. 
Com este registro, o acervo do jornal passa a ser reconhecido como patrimônio da Humanidade. 
A cerimônia de entrega foi realizada na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, com a participação do coordenador do APESP, Izaias Santana.
Os 135 exemplares do "A Redempção" vieram do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em caráter de comodato, e estão sob a guarda do APESP desde 2008. 
O Programa Memória do Mundo foi criado pela UNESCO em 1992. 
No Brasil, o programa foi criado em setembro de 2004, pelo Ministério da Cultura, e desde a instalação oficial em 2007, o Comitê Nacional já reconheceu 73 acervos. 
Dez instituições tiveram acervos reconhecidos este ano, entre eles, destacam-se acervos de Arquivos Paulistas: o Fundo Plínio Salgado que se encontra sob a guarda do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro e o Acervo Educador Paulo Freire (1921-2013) do Instituto Paulo Freire.
" A Redempção" foi um jornal combativo, de cunho manifestamente popular, repleto de ataques a fazendeiros, políticos e a outros jornais que defendiam a instituição escravista. Circulou com regularidade em São Paulo de 2 de janeiro de 1887 até a promulgação da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Após essa data, foram publicados alguns números em caráter comemorativo. O último da coleção é de 13 de maio de 1899. Pelo seu papel na luta contra os escravocratas, o periódico tornou-se uma fonte valiosa para pesquisa do movimento abolicionistas em São Paulo. O acervo, sob guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo, está em fase final de tratamento e, em breve, todos os exemplares estarão disponíveis ao público.

Por APESP Comunicação/ Valéria Ferreira

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