Um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas nas
cidades de Embu das Artes, Osasco, Taboão da Serra, Carapicuíba, Cajamar
e São Paulo, "instrumentalizada, em especial, através da constituição e
administração de postos de combustíveis", começou a ser desmantelada
ontem.
O prefeito de Embu das Artes teria ligações com o PCC, organização que comanda o crime no Estado de
São Paulo a partir das unidades prisionais. Policiais também estão
envolvidos nos crimes.
O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Gaeco de São Paulo -
núcleo Capital, e com o auxílio da Corregedoria da Polícia Militar do
Estado de São Paulo, deflagraram a operação, chamada de "Xibalba".
A
investigação feita em Procedimento Investigatório Criminal pelo
Gaeco/Capital ensejou a propositura de ação penal que tramita em segredo
de Justiça na 1ª Vara Judicial de Embu das Artes, cidade da Grande São
Paulo.
Para o cumprimento dos 63 mandados judiciais - 49 mandados de busca e
apreensão e 14 mandados de prisão preventiva - o Ministério Público
contou com atuação de 32 promotores de Justiça e 200 policiais da
Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.
O fato que chama mais atenção é a atuação do prefeito recém-eleito de
Embu das Artes, o vereador Ney Santos (PRB).
Ele é acusado por tráfico
de drogas, lavagem de dinheiro e ligação com o PCC.
Santos também é
presidente da Câmara Municipal de Embu. Ele já ficou detido entre 2003 e
2006 por envolvimento anterior com a facção.
O nome da operação,
"Xibalba", significa o submundo na mitologia maia.
Segundo policiais,
Santos era conhecido como "Nei Gordo" no submundo do crime.
Transcrito do Diário de Sorocaba.

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