
Um dos episódios da série Black List mostrou como donos de instituições de abrigo de menores lucram com as condenações, e suas ligações com juízes da infância.
Um documentário, chamado Kids for Cash, também trata do mesmo tema, aprofundando muito mais o tema. A trama mostra as investigações ocorridas no estado da Pensilvânia, onde o índice de condenação de jovens que haviam cometido infrações de natureza grave era inversamente proporcional ao tempo de estadia nos centros de juventude. O juiz, alvo das acusações, foi a julgamento e, em 2011, foi condenado a 28 anos de prisão, em 12 das 39 acusações, incluindo extorsão. Tal juiz havia faturado quase um milhão de reais da construtora do centro de detenção juvenil, e depois "sumiram" com o dinheiro.
As mazelas de um judiciário corrupto podem ser devastadoras na vida de um cidadão. E, em tempos de Lava Jato, presidentes que se alternam no poder e brigas descaradas no legislativo, talvez não estejamos olhando muito para este que é um mal que também assola o Brasil.
Imagine-se acusado de um crime que não cometeu.
Um documentário, chamado Kids for Cash, também trata do mesmo tema, aprofundando muito mais o tema. A trama mostra as investigações ocorridas no estado da Pensilvânia, onde o índice de condenação de jovens que haviam cometido infrações de natureza grave era inversamente proporcional ao tempo de estadia nos centros de juventude. O juiz, alvo das acusações, foi a julgamento e, em 2011, foi condenado a 28 anos de prisão, em 12 das 39 acusações, incluindo extorsão. Tal juiz havia faturado quase um milhão de reais da construtora do centro de detenção juvenil, e depois "sumiram" com o dinheiro.
As mazelas de um judiciário corrupto podem ser devastadoras na vida de um cidadão. E, em tempos de Lava Jato, presidentes que se alternam no poder e brigas descaradas no legislativo, talvez não estejamos olhando muito para este que é um mal que também assola o Brasil.
Imagine-se acusado de um crime que não cometeu.
A acusação, por si só, já é capaz de gerar um sem número de transtornos e consequências.
E o caminho a se percorrer é quase sem fim para quem está desse lado da história.
Policiais que conduzem uma investigação, promotor que denuncia e luta pela condenação, juiz que recebe um processo sem tempo suficiente para julgar, mas com muita pressão da corregedoria, diretor de um presídio que está acostumado a conviver com o pior do ser humano. Todas essas pessoas têm maior probabilidade de conseguir o que querem do que um cidadão comum.
E, veja-se: não se trata aqui de posicionamento garantista e nem de defesa cega de direitos humanos.
Policiais que conduzem uma investigação, promotor que denuncia e luta pela condenação, juiz que recebe um processo sem tempo suficiente para julgar, mas com muita pressão da corregedoria, diretor de um presídio que está acostumado a conviver com o pior do ser humano. Todas essas pessoas têm maior probabilidade de conseguir o que querem do que um cidadão comum.
E, veja-se: não se trata aqui de posicionamento garantista e nem de defesa cega de direitos humanos.
Não se está colocando nenhuma situação em concreto, mas apenas demonstrando o quanto o Estado é superior ao povo, que, ironicamente, é o "dono" do poder, conforme determina a Constituição: "todo poder emana do povo".
O volume de dinheiro que se pode alavancar no sistema penal é realmente inacreditável.
O volume de dinheiro que se pode alavancar no sistema penal é realmente inacreditável.
Nas palavras de Alexandre Morais da Rosa, "Mais crimes, mais populismo, mais prisões, mais violência. O sistema é cínico e se retroalimenta".
E ninguém tem olhado para isso.
E ninguém tem olhado para isso.
Luciana Pimenta é coordenadora pedagógica no IOB Concursos, advogada e revisora textual.
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