Ex-prefeito de Indaiatuba denunciado pelo MPSP é condenado por desvio em desapropriação.
Terreno era do pai de Reinaldo Nogueira.
A Justiça condenou o ex-prefeito de Indaiatuba Reinaldo Nogueira a 23 anos e 4 meses de prisão em regime inicial fechado. Em outra ação penal do MPSP ele havia sido condenado a 15 anos de prisão por por receber vantagem indevida.
Em 2016, Nogueira foi preso por concussão.
A ação, ajuizada pelo promotor de Justiça Michel Betenjane Romano, envolveu um caso de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em fraude na desapropriação de um imóvel na área rural de Indaiatuba. O local originou um distrito industrial destinado às micros e pequenas empresas.
O intuito da desapropriação feita pelo ex-prefeito era valorizar o imóvel e tomar posse indevidamente de recursos.
Nogueira e outros envolvidos desviaram recursos públicos municipais desapropriando um imóvel adquirido em 2004 por Leonício Lopes Cruz, pai do ex-prefeito.
Em 2006 o bem foi registrado em nome de Adma Patrícia Galacci e transferido para a empresa Bela Vista em 2014, poucos dias antes da desapropriação. Adma e Camila eram sócias da empresa Bela Vista, que tinha como gestor Rogério Soares da Silva.
A investigação apontou, ainda, uso da empresa Jacitara, cujo proprietário é Josué Eraldo da Silva, ex-assessor parlamentar de Nogueira.
A investigação foi iniciada na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Indaiatuba para apurar supostas irregularidades na expedição, pela prefeitura, de decretos de utilidade pública para fins de desapropriação.
Paralelamente à investigação, teve início, por parte do Gaeco - Núcleo Campinas e pelo setor de Crimes de Prefeitos, então coordenado pelo procurador de Justiça Mário Tebet, a apuração criminal dos fatos, já que havia indícios de atuação de pessoas associadas, sob forma de organização criminosa, para o cometimento de diversos crimes.
Núcleo de Comunicação Social
Ministério Público do Estado de São Paulo
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