domingo, 29 de abril de 2012

POR FALAR EM RICO:

Você ouviu o "causo" que o Rolando Boldrin contou hoje no "Senhor Brasil"?
Não sei contar piada, mas lá vai o que "peguei":

Eram dois homens amigos, mas muito amigos mesmo. Um deles, pobre que dava dó; mulher e filhos para sustentar, era uma lástima só. O outro, muito rico, bota riqueza nisso. Interessante o fato de ambos serem muito amigos...
Calhou que um dia, o amigo pobre morreu.
O amigo rico, inconsolável, no velório do pobre, chorava feito bezerro desmamado à força.
- Meu amigo, mas não é possível. Não pode ter acontecido isso com você. Que desgraça! Como é que fica a sua família? A mulher? As crianças? Como é que vão viver sem você? 
E o amigo rico chorava e chorava em cima do morto.
Uns dois lenços ele molhou ali.
De um lado, a mulher chorando e do outro, os guris:
- Mas por que isso foi acontecer? Pobre do meu amigo! Mas que desgraça! Olhe a criançada! Como é que vão fazer de agora em diante?
Foi na hora de fechar a tampa do caixão que o amigo rico, molhando o terceiro lenço, desandou a prometer ao moribundo, diante de todo mundo:
- Meu amigo, vá, descanse em paz. Eu prometo olhar pela sua família. A escola que meus filhos frequentarem, os seus filhos vão frequentar. A comida que minha família comer, a sua também comerá. Vou até mandar consertar aquela minha casa que fica no alto do morro e mandar sua família para lá viver. Eu lhe prometo, meu amigo!
E não é que ele fez mesmo tudo o que havia prometido? 
Colocou as crianças na mesma escola onde seus filhos estudavam. 
Todo mês, mandava mantimentos e mantas de carnes para a família. 
Uma das suas casas ele mandou reformar e já a família do amigo pobre para lá foi residir.
Tudo nos conformes.
Passou o tempo.
Um, dois, três anos...    
Um belo dia, ele amanheceu com vontade de apreciar como estava indo a família do amigo pobre (que Deus o tivesse!) e para lá se dirigiu.
Chegou.
Bateu à porta.
Veio atender uma mulher totalmente diferente daquela deixada pelo amigo pobre. Estava toda mudada. A pele, tratada, parecia uma seda, um veludo. 
Uma beleza de mulher!
Ela quis abraçá-lo, ele esquivou-se, com medo de pecar contra a memória do amigo morto. 
- Preciso partir rapidinho. Só vim mesmo saber como estavam. 
- Ara! Mas o senhor não toma um café comigo? Entre!
- Bom, o café eu tomo!
E quase se queimou todo com o líquido, tencionando ir embora logo dali, com medo de pecar contra o pobre amigo pobre que se fora.
Mas quando se ia de fato embora dali, voltou-se para a mulher e disse:
- Tá muito bom, então. Mas...Minha senhora, o dia que a senhora resolver proceder mal, me dê preferência! 
Adoro o Rolando Boldrin!

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