Às vezes, ficamos a matutar sobre aquele vereador que, tão logo eleito, posiciona-se completamente fora da sua principal missão, que é fiscalizar as ações do chefe do Executivo.
Quando ele toma posse de sua cadeira, ao invés de procurar caminhos para melhorar as condições de vida de todos os cidadãos que vivem em seu município, ele fica apenas circulando sobre a vida daqueles que o elegeram, como uma galinha ao redor de seus ovos com medo de que uma raposa esperta os engula.
Às vezes, esse vereador chega a cair do cavalo, porque não consegue manter essa pseudo-benemerência, porque a população vai crescendo e exigindo mais dele.
Numa Câmara de Vereadores, em qualquer cidade, cada vereador tem o seu papel e não pode passar por cima do outro: um deve cuidar de apressar consultas aos enfermos, outro do lazer para crianças e adolescentes, outro de oferecer ginecologista às mulheres que tem problemas, outro terá que doar óculos, outro cadeiras de rodas, outro pensa no verde, outro em turismo, outro naqueles que estão com a saúde mental abalada, outro faz parceria com advogados para aposentar os trabalhadores rurais...
Não sobra tempo para que o vereador realmente faça o seu trabalho!?.
Vamos pensar que, a partir de 2.013, pelo menos em São Miguel Arcanjo, teremos onze vereadores.
Será que a saúde, a assistência social, a falta de respeito, transparência e informação ao cidadão, as negligências para com os desiguais, o atendimento precário em todos os departamentos ligados à administração, e etc, tudo isso vai continuar da mesma forma?
Se nada melhorar, é porque a Câmara Municipal, a exemplo de outras instituições, também já virou um cabidão de empregos.
Bem feito para nós, cidadãos de bem!
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