terça-feira, 17 de julho de 2012

LINDO É SABER!




As primeiras providências para a construção de um monumento ao soldado constitucionalista de 1932 foram tomadas em 1934, com a criação de uma Comissão Pró-Monumento por personalidades de destaque da sociedade paulistana. Um concurso público para a escolha do projeto foi realizado em 1937. O edital exigia que a obra fosse eminentemente arquitetônica e não apenas escultórica, devendo destinar espaço para acolher as urnas funerárias dos chamados “heróis constitucionalistas”. Para a seleção final, classificaram-se Mário Ribeiro Pinto e as duplas Galileo Emendabili e Mário Eugênio Pucci, Yolando Mallozzi e Arnaldo Maria Lello. Os projetos foram expostos no foyer do Theatro Municipal de São Paulo, atraindo grande público. Da comissão julgadora faziam parte Mário de Andrade, Júlio César Lacreta, Amador Cintra do Prado, Dácio A. de Moraes e Victor Brecheret. Por decisão unânime, o trabalho de Galileo Emendabili (Ancona, Itália, 1898 – São Paulo, 1974) e Mário Eugênio Pucci (São Paulo, 1908 – 1985) foi selecionado. Pucci era engenheiro e ficou responsável pela parte técnica da construção. Apesar dos esforços na arrecadação de fundos para a construção, o projeto não saiu do papel durante todo o período da ditadura Vargas, contra quem se fizera a “Revolução”. Entre as muitas dificuldades, as verbas disponíveis não cobririam os custos com mão-de-obra e materiais. O lançamento da pedra fundamental ocorreu no dia 9 de julho de 1949. Tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura destinaram recursos para a construção, a cargo da “Fundação Monumento e Mausoléu ao Soldado Paulista de 32”. O Decreto Municipal nº 1.078 de 6 de julho de 1949, determinava que o “Monumento aos Mortos de 32” deveria ser erigido “na parte central da praça circular localizada no prolongamento da avenida Brasil, a 1.100,00 metros, aproximadamente, da avenida Brigadeiro Luís Antônio.” As obras começaram em 1950 e, cinco anos depois, o monumento foi inaugurado parcialmente. A partir de então, todos os anos, durante as cerimônias do “9 de julho”, os restos mortais de inúmeros ex-combatentes passaram a ser transladados para a cripta. À Sociedade Veteranos de 32 – MMDC cabia a organização dessas solenidades e a administração do monumento. A conclusão das obras ocorreu somente em 1970. A partir de 9 de julho de 1991, a direção do monumento-mausoléu foi confiada, em caráter perpétuo, à Polícia Militar do Estado de São Paulo, na pessoa do comandante da Academia do Barro Branco, Escola Superior de Formação de Oficiais da Polícia Militar. Dada a série de dificuldades com a conservação do monumento-mausoléu ao longo dos anos 1990 e começo dos anos 2000, a Prefeitura e o Governo do Estado assinaram um convênio em junho de 2006, através do qual a Prefeitura passou a se responsabilizar pelo projeto paisagístico, ajardinamento, limpeza, conservação e segurança da praça em que está implantado, enquanto a responsabilidade pelo restauro e administração ficou a cargo do Governo do Estado.


Fonte: Seção Técnica de Levantamentos e Pesquisa


Divisão de Preservação - DPH.

Mas cada vez que você, sãomiguelense, tiver a oportunidade de passar próximo a esse monumento, em São Paulo, lembre-se que também nosso município concorreu para com a sua construção. Em 1.935, a Comissão Municipal criada com a finalidade de arrecadar numerários era formada por cidadãos tais como: Edwiges Monteiro, Luiz Válio, Juvenal dos Santos Terra, Padre Carlos Regattieri, Ary Monteiro Galvão, Francisca Fogaça Caricatti, Augusto Paulino da Silva e Abdala Jabur.
Qual deles, porém, viu a conclusão da obra? Meu avô, Luiz Válio, falecido em 1.950, só pode assistir o lançamento da pedra fundamental. 
Lindo isso!
Fonte: Estadão, edição de 09 de junho de 1.935.

2 comentários:

Nazaré Domingues disse...

È lindo saber!

LUIZA VALIO disse...

Por isso que acho que vou passar o resto da minha vida só nas pesquisas...
Um abraço, Nazaré!