terça-feira, 20 de novembro de 2012

"UM POEMA AOS MANOS"

    













E aí, mano!? Certo!? Beleza!?
Se liga só nesse bagulho
É um rap sem problema
Que implora por mudanças
É um rap poema!
Não se encana, não é frescura!
Acabemos com as tretas
E cantemos a alegria
Sentimento é poesia
E então meu caro peixe
Sinta só o que tá pegando
O poema preocupado
Com o destino da moçada
Vem dizer que a luta é nobre
Mas a arma está errada.

Ter a vida é mó responsa
Não a deixe pela estrada
Não lamente a triste história
Mude a tática, a jogada
Pois o lance é ser cabeça
O contrário é furada
Sua luta é muito nobre
Mas a arma está errada!

Contrarie a estatística
Descola, mano, outra parada
Dá uns lances no "Aurélio"
Hipotenusa, pentium, hélio
Como a gente engravatada
Decola na cultura
Não se iniba com os "Maurícios"
Utiliza a mesma espada!
Se prepara pra outro ofício!
Seja o início da virada!

É o rap poema
Preocupado com a moçada
Pra não ver um povo "sub",
Com migalha, inconformado

Se extinguir com o cegar

Das duras cinzas do passado
Pede aos manos sangue bom
Dá aos pivetes um bom legado!
Pois com a semente bem plantada,
Não com a cuca encanada,
A arma certa é encontrada!

Ganhará a luta nobre!
O Zumbi também foi forte
Mas mano Zumbi tinha ideia
Se liga na fita, mano brown,
E ouça os papos da sua véia!

Gerson de Oliveira
Livro : "O Amor no Banco dos Réus"

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