sábado, 26 de agosto de 2017

MASSAHARU NOGUEIRA ADACHI ERA O NOME DO DEUS QUE ESTA FAMÍLIA CULTUAVA

 
 
 
Em depoimento, ele negou o crime e diz que trata a família com "muito amor". 
Questionado sobre se os filhos sofriam por não irem a escola ou não terem contato com outras crianças, ele diz que os irmãos "faziam amizade uma com a outra". "Talvez não sofressem porque era muitas crianças e faziam amizade uma com as outras. E depois eles tinham os pais. Eram tratados com muito amor, com muita educação, com muito estudo. Eu ensinava muito para eles e a alimentação era muito boa. A gente ensinava que a propaganda era mentira na escola", afirmou, em entrevista à TV Verdes Mares.
Ele foi liberado na tarde desta sexta-feira, após prestar depoimento no 34º Distrito Policial - sobre suspeita de porte ilegal de arma de fogo - e na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa). 
A delegacia especializada investiga se houve maus-tratos e cárcere privado.
A denúncia de cárcere privado foi feita pela Defensoria Pública, com base em evidências de que o pai não matriculava as crianças em escola, privava os filhos de contato com outras crianças e não procurava assistência médica para a família. Com base na denúncia do órgão, a Polícia Civil investiga o caso para constatar se houve ou não o crime de cárcere privado.
Na casa da família, a polícia encontrou dois revólveres com munição com registros vencidos. 
Por conta do porte ilegal de arma, o pai prestou depoimento na manhã desta sexta no 4º Distrito Policial.
Ele também prestou depoimento na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa). 
A delegacia especializada investiga se houve maus-tratos com as crianças, quatro meninas e dois meninos, com idades entre 4 e 19 anos.
Conforme Massaharu, ele mantinha a família em casa para mantê-la protegida, pois sofre ameaças de familiares. "Porque se minha esposa morrer, o meu irmão e a esposa sobem no trono da empresa mediante o sacrifício. Então eu queria cair fora de todo jeito", diz.
Sobre a denúncia de não matricular as crianças na escola, ele acredita que as crianças aprendiam "propaganda mentirosa". "Eu costumava passear com eles. A informação [de cárcere privado] está errada, porque elas inclusive estudaram de 2007 a 2011. Aí eu retirei da escola porque eu achei que o clima estava ruim na educação delas."
A defensora pública que acompanha o caso, Ana Cristina Barreto, informa que "a realidade destas crianças está longe de alcançar o que garante o Estatuto da Criança e Adolescente e clama por uma interferência urgente, enérgica, eficaz e definitiva, a fim de minimizar as consequências danosas do possível cárcere. Pelos fatos apontados não há dúvidas quanto a incapacidade dos genitores de manterem os filhos sob sua guarda e responsabilidade".
Segundo a Defensoria Pública do Ceará, as vítimas eram mantidas presas em um apartamento sem móveis e eram impedidas de ter contato com outras pessoas. 
Duas das crianças não possuem certidão de nascimento. 
Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso.
Os vizinhos do homem afirmam já ter visto o homem passeando com a família durante a madrugada na praça em frente onde mora. 
Há relatos também de que eles passeavam de bicicleta, durante o dia, no entorno da residência. 
O pai foi detido na Rua Visconde de Mauá, no Bairro Dionísio Torres, e conduzido à delegacia na manhã desta sexta-feira (25), em Fortaleza, após denúncia anônima, feita pelo Disque 100. 
 

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