quinta-feira, 19 de julho de 2018

PORANDUBAS NÚMERO 582:

Porandubas Políticas
por Gaudêncio Torquato

Brasil pós-Copa
O Brasil volta a viver a dura realidade. Sem as expectativas que pairavam sobre a população. Sem o gosto doce de uma grande vitória. Substitui-se o canto: "a taça é nossa" por "a traça é nossa". O país amarga a derrota. 
Sob uma chuva de críticas a Neymar, uma estrela que desce das altitudes celestiais para o terreno árido das críticas. 
Com suas 40 tatuagens no corpo – representando poder, glória, luxo, vitória, guerra, romantismo, paixão – Neymar acabou ganhando a identidade de um logotipo ambulante. O sucesso puxou o atleta para o plano das vaidades, da arrogância e de autossuficiência.
Ferrari sem adesivos
Pois é. Um repórter se aproxima de Cristiano Ronaldo e joga a pergunta: "Por que você não tem tatuagem como Neymar"? O craque não titubeia: "você já viu uma Ferrari com adesivos"?

O mergulho na política
Nos próximos três meses, a pauta será eleição, competição eleitoral, endeusamento e condenação de protagonistas, palpites de todos os tipos, militantes trocando ofensas, acusações. Teremos um pleito sob um país dividido entre alas, grupos, partidos. O racha é geral. Seja qual for o eleito (a), o Brasil chegará bastante cindido na entrada de 2019. A meta do próximo governante, a par de suas ações na economia e na vertente social, será a de unir as bandas descoladas de um território semeado por ódio e litigância.

A eleição paulista
A eleição em São Paulo, como a eleição para presidente, também é uma incógnita. João Doria, com 19%, lidera as pesquisas, mas seu índice de rejeição na capital é grande. Daí o desafio que a ele se impõe: administrar a rejeição, que alcança mais de 50%. O 2º lugar é de Paulo Skaf, do MDB, com 17%. O 3º lugar é ocupado pelo governador Márcio França, PSB, um pouco acima de Luiz Marinho, do PT. França tem bom potencial para subir. Tem perfil municipalista e pode subir bem, na esteira da máquina governamental. O eleitorado paulista soma cerca de 35 milhões de eleitores.

Onde estão os eleitores
Este ano, 146,4 milhões de eleitores têm direito a comparecer às urnas. Mas, como sabemos, o chamado Não Voto (abstenções, votos nulos e brancos) cortará formidável parcela desses votos. O Sudeste lidera o ranking eleitoral, com 42,9% dos eleitores, seguido do Nordeste, com 26,7%, Sul, com 15,2%, Norte, com 7,9% e Centro-Oeste, com 7,3%.

Mulheres dominam
As mulheres somam, hoje, 52% do eleitorado, atingindo cerca de 76 milhões de eleitoras. A faixa etária de 45 a 49 anos é a maior parcela entre as mulheres (18,710.832), vindo, a seguir, a faixa entre 25 a 34 anos (16.241,206) e, em terceiro lugar, a faixa entre 34 a 34 a 44 anos (15.755.020). Calibrem o discurso para esses contingentes, senhores candidatos.

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