sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

MULHERES SENDO MORTAS PELOS EX- COMPANHEIROS. E AGORA MULHERES ESTRESSADAS MATANDO SEUS FILHOS. QUE AMORES SÃO ESSES?


Mulher suspeita de torturar filha com sabonete na BA alegou que estava estressada, diz polícia. 
Mulher colocou produto na boca da filha para fazê-la parar chorar. Menina ainda foi jogada da cama e levou tapas. 
Suspeita teve prisão preventiva pedida à Justiça. 
Por G1 BA 
A mulher suspeita de torturar a filha de um ano e cinco meses, na cidade de Amélia Rodrigues, a cerca de 80 km de Salvador, alegou para a polícia que estava estressada quando cometeu o crime. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita atacou a menina porque queria que ela parasse de chorar. 
O crime ocorreu na terça-feira (19), na localidade da Mata Velha. Conforme o delegado Idelfonso Gomes, que é responsável pelo caso, a suspeita, identificada como Rose Vane Teixeira Bispo, de 25 anos, ainda teria jogado a filha da cama, deu tapas na região do rosto da menina e ainda colocou um sabonete na boca da criança. 
De acordo com o delegado, a menina teve uma fissura na testa e ferimentos na boca e no nariz. As agressões foram descobertas depois que a própria suspeita socorreu a menina e a levou para Hospital Municipal Doutor Pedro Américo de Brito.
Segundo o delegado Idelfonso Gomes, a mulher procurou a unidade médica porque, depois das agressões, a garota teve asfixia com o sabonete. 
"Ela [suspeita] tentou tirar o sabonete da boca da menina, mas deve ter ficado algo na garganta. Aí, acabou levando para o hospital. A menina já chegou bem roxinha lá", disse o delegado. 
Conforme a polícia, os médicos informaram que a menina não morreu por causa da agilidade do socorro prestado pela unidade. 

Hospital Municipal Doutor Pedro Américo de Brito — Foto: Reprodução/TV Subaé 

No hospital, de acordo com o delegado, a suspeita disse que a filha foi agredida por alguém que teria invadido a casa dela, enquanto levava a filha mais velha na escola. Contudo, o médico que atendeu a menina suspeitou da versão e chamou o Conselho Tutelar da cidade, que acionou a Polícia Militar. 
Os policiais militares encontraram o sabonete usado nas agressões na casa da suspeita. O objeto estava com marcas de sangue vindos da garganta da bebê. 
A suspeita se apresentou na delegacia e tentou manter a versão que atestava a inocência dela. No entanto, segundo o delegado Idelfonso Gomes, após três horas de interrogatório, a mulher acabou confessando o crime. 
"Primeiro ela [a suspeita] negou. Ela insistiu por mais de três horas de que um estranho entrou na casa, enquanto ela levava a outra filha na escola. Depois, em meio a contradições, ela confessou tudo. Disse que estava estressada, por problemas de ordem emocional e queria que a menina parasse de chorar", contou o delegado Idelfonso Gomes. 
Ainda de acordo com o delegado, foi o primeiro caso de agressão registrado contra a suspeita. A mulher tem outra criança e cria um filho do atual companheiro, que mora com eles. 
Rose Vane foi liberada após o depoimento. Contudo, foi autuada por crime de tortura e teve a prisão preventiva pedida à Justiça. O mandado de prisão é aguardado pela polícia. 
A menina foi entregue ao Conselho Tutelar. 


Foto: Reprodução/TV Subaé

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