Um dos vultos de projeção na vida política de São Paulo, que se destacou em seus pares no remoinho das atividades públicas, pugnando pelo interesse da coletividade com alevantado espírito de patriotismo e evidentes provas de solidariedade, foi o General ATALIBA LEONEL, figura ilustre de homem público que sempre soube exercer com dignidade e honradez, as funções que lhe atribuiram.
Nascido na cidade de Itapetininga, no estado de Sào Paulo, a 15 de Maio de 1875, era o ilustre General Ataliba Leonel, filho do Major Mariano Leonel Ferreira e dona Francisca Rolim Leonel Ferreira, também naturais de Itapetininga e descendentes de tradicionais famílias paulistas.
Fez seus estudos de humanidades no Seminário Episcopal de São Paulo e no Ateneu Paulista, realizando o seu curso superior na Faculdade de Direito de São Paulo, na qual se bacharelou, em 1895, em ciências jurídicas e sociais.
Iniciou sua vida profissional advogando em Piraju, onde também teve inicio sua agitada vida política que o levaria à celebridade e à glória.
Em 1898, é eleito pela oposição para o cargo de Vereador à Câmara Municipal de Piraju, cargo que manteve em sucessivas reeleições. Assumiu a chefia da política local, em1899, fundando o diretório do Partido Republicano Paulista, tendo sido também, presidente da Câmara Municipal daquela cidade.
Espírito organizador, dotado de grande energia, iniciativa e combatividade, tornou-se uma das figuras de maior prestígio entre seus correligionários do Partido Republicano Paulista.
Espírito organizador, dotado de grande energia, iniciativa e combatividade, tornou-se uma das figuras de maior prestígio entre seus correligionários do Partido Republicano Paulista.
Em 1904, o General Ataliba Leonel é eleito Deputado Estadual, sendo reeleito para as legislaturas subsequentes, até que pelos seus assinalados serviços prestados à causa pública é eleito Senador Estadual.
Novamente eleito em 1927, para o cargo de Deputado Estadual, vem a ter o seu mandato renovado para a legislatura seguinte.
No início de sua vida pública, além de exercer a advocacia, ocupou-se com atividades agrícolas, formando uma das melhores fazendas de café da zona sorocabana.
Na política de São Paulo, sua atuação foi de uma intensidade absorvente e sob seu patrocínio desenvolveu-se todo o sertão do vale do Paranapanema, criando-se municípios e comarcas.
Em 1930, ocupava o General Ataliba Leonel, uma cadeira no Senado do Estado de São Paulo, quando se consumou a vitória do movimento armado contra o governo do Dr. Washington Luis Pereira de Souza, o que no entretanto, não o faz renunciar às suas antigas idéias, embora destituído automaticamente do posto que então ocupava e obrigado a restringir suas atividades políticas aos limites impostos pelas novas circunstancias.
Circunscrevendo-se às suas atividades particulares, surge o General Ataliba Leonel, em 1932, tornando parte ativa do movimento constitucionalista de São Paulo, contra os desmandos de uma ditadura que ameaçava perdurar. Cessadas as hostilidades com a vitória das forças ditatoriais foi preso e exilado, sendo mais tarde beneficiado pela anistia política, quando então volta ao Brasil, entregando-se imediatamente ao trabalho de reorganização do seu partido.
Entretanto a morte veio colher quando apenas havia realizado a primeira parte dessa tarefa que constituiu na arregimentação dos correligionários políticos, muitos dos quais se encontravam retraídos ou desnorteados ante a mudança operada no curso dos acontecimentos.
Faleceu, o General Ataliba Leonel, no dia 29 de Outubro de 1934, em sua residência na cidade de Piraju, cercado de todo o carinho de sua família e dos amigos que jamais o abandonaram nas ocasiões incertas.
Nessa ocasião, perdia São Paulo um dos mais ardorosos defensores, uma vida inteiramente devotada ao bem público e ao progresso de sua terra que ele tanto amou, e pela qual envidou os seus maiores esforços para que ela fosse sempre engrandecida com decisões que a elevassem ao seu progresso.
(Tirado do livro "Eles construiram a grandeza de São Paulo" organizado por Jan Korybut - Woroniecki / Primeira Edição / Editado pela Sociedade Brasileira de Expansão Comercial Ltda. / São Paulo / Uma contribuição para o IV Centenário de São Paulo).
O extinto jornal "A Razão", editado em São Miguel Arcanjo, de 26 de julho de 1.923, trouxe a notícia dizendo que "O doutor Procurador Geral da República, em São Paulo, requereu a prisão preventiva do Dr. Ataliba Leonel, à época Deputado Estadual e chefe político da zona de Piraju, por ficar provado, no processo das chacinas havidas em Palmital, a 14 de dezembro de 1.922, e sua cumplicidade intelectual e moral naquele odioso crime.
Concedida a prisão preventiva, aquele politico ficará conhecendo que a lei, sendo executada, não respeita imunidades, nem patrocina causas de criminosos políticos por mais influentes que sejam.
É também um bom exemplo para os outros seus colegas de mashorca, que certamente irão pondo as barbas de molho.
Foi no jornal "O Estado de São Paulo", datado de 20 de outubro de 1.923, em suas páginas 9, 10 e 11, lá está toda a defesa que Júlio Prestes fez do acusado.
O extinto jornal "A Razão", editado em São Miguel Arcanjo, de 26 de julho de 1.923, trouxe a notícia dizendo que "O doutor Procurador Geral da República, em São Paulo, requereu a prisão preventiva do Dr. Ataliba Leonel, à época Deputado Estadual e chefe político da zona de Piraju, por ficar provado, no processo das chacinas havidas em Palmital, a 14 de dezembro de 1.922, e sua cumplicidade intelectual e moral naquele odioso crime.
Concedida a prisão preventiva, aquele politico ficará conhecendo que a lei, sendo executada, não respeita imunidades, nem patrocina causas de criminosos políticos por mais influentes que sejam.
É também um bom exemplo para os outros seus colegas de mashorca, que certamente irão pondo as barbas de molho.
Foi no jornal "O Estado de São Paulo", datado de 20 de outubro de 1.923, em suas páginas 9, 10 e 11, lá está toda a defesa que Júlio Prestes fez do acusado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário