sábado, 1 de setembro de 2012

POR FALAR EM FAMÍLIA...

Antigamente, as famílias tinham uma religião em comum. Depois, as pessoas foram crescendo mentalmente (?) e questionando sobre as coisas, comparando tudo. 
Deus não existe! 
O inferno não existe! 
O sangue de Deus tem poder, mas o sangue do capeta é muito mais forte! 
Cada qual foi então construindo a sua própria (?) cabeça. 
Só para dizer que tinha "inteligência" para isso, tinha autonomia de espírito, sabia o suficiente de psicologia. 
Tanto que o que há hoje no mundo de cabeças descabeçadas, ocas e sem miolos não está no gibi!
Só que o homem aqui tomado como exemplo não reparou que a religião existe é para agregar a família. 
Daí, a sua cabeça pensou: por que vou ficar sob o jugo da minha família? Vou é correr atrás de outras famílias, fazer parte do mundo de outras famílias, reunir-me com elas e rir com elas, e andar pelo mundo ao lado delas, e estudar nas cartilhas delas, muito melhores do que aquela encontrada em minha família, tão solene, tão pequena, tão...
Então, o coitado percebeu.
O que? 
Que o mundo é grande.
Que temos que desenvolver nossa vida de acordo com o aprendizado e da convivência com outras pessoas. 
Família não importa. 
Onde já se viu? 
De domingo a domingo, de Natal a Natal, e a família ali, reunida, fazendo sempre as coisas em comum, ninguém pode soltar um traque diferente, nem colocar na boca uma bebida mais colorida ou um pó mais doce do que o café!
Ah, não!
Vou buscar outros caminhos. 
Buscar para encontrar o que? 
Aprender a ser violento, porque fora violentado em sua própria ingenuidade. 
Aprender a dizer amém para uns elementos estranhos. Aprender a conhecer o mal pela raiz dele. 
Aprender a implorar para estar num grupo totalmente sujo e de ações perigosas. 
Aí, um belo dia, perceber que caiu na rede e, como não era peixe, afogou-se. 
Então, põe-se a caminhar de volta para casa. 
Mas que casa? 
Ele não estava lá quando o telhado dela precisou de remendos. Ele não estava lá quando o piso quebrou-se. 
Ele não presenciou a velhice do pai, nem sequer imaginou que um dia a mãe pudesse partir deste mundo para um mundo maior e melhor. 
Ele não estava lá quando o irmão adoeceu e precisava de auxílio. Ele não estava lá quando os sobrinhos precisaram de apoio. Família? 
Agora a grande família sua é o mundo. 
Não é? 
Então, dane-se perante o mundo!                    

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