À esquerda, meu tio, Aristeu Válio, em visita a Jânio: década de 70.
Há exatos vinte anos falecia em São Paulo Jânio Quadros, o homem da vassoura, que foi advogado e professor de português, e que bem poderia ressuscitar nestes tempos em que a corrupção invade todo o país, mormente agora que a capital dos paulistas está sendo tomada pelo PT, com o endosso irreversível dos seus eleitores mais humildes.
O Jânio brasileiro, que curtia "Luar do Sertão", "Pau de Arara", "Peguei um Ita no Norte".
O Jânio do povo, que aparecia em público todo despenteado, que calçava alpercatas e tinha barbas, como Fidel.
O Jânio político, que, ao contrário de Lott, o candidato da espada, achava que a corrupção tinha que ser varrida do país com a sua vassoura.
O Jânio que foi posto pelo povo e saiu de repente culpando as mesmas forças ocultas que Getúlio Vargas conheceu.
Tem gente até hoje que acredita que as tais forças ocultas começaram a martelar em sua cabeça desde que ele dera uma condecoração ao "Chê" Guevara.
Arrisco dizer que, renunciando Jânio ao poder de comando supremo sobre a vida do povo brasileiro, ele simplesmente abriu as porteiras para que centenas de políticos camuflados mostrassem seus reais interesses.
O último carinho de Jânio foi para com a terra paulista, onde terminou suas atividades públicas como prefeito.
Aí, dois anos depois de sua morte, Lula assim expressou seu pensamento sobre o grande Jânio Quadros:
- “Enquanto o povo gostar de políticos como o Jânio, nós não saímos do atraso”.
- “Sabe, o populista barato, o autoritário, o que acha que as pessoas tem que ter um chefe que mande, que dê ordem, que use a chibata, sabe, que não tem respeito pelas pessoas, que grita com o jornalista, que ofende os adversários... Eu, pela minha formação política, jamais me prestaria a ser um político desse tipo".
ACHO SIMPLESMENTE QUE LULA ESTAVA SE REFERINDO AO SEU PRÓPRIO PAI...
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