quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

POBRE DO MEU PAÍS!

Era uma vez...
Certa vez, tivemos um senhor, até que jovem, bonito, vaidoso, vindo de berço de ouro, que a Rede Globo fez de tudo para ajudar a eleger presidente da República Federativa do Brasil.
Um de seus adversários na época chamava-se Luis Inácio Lula da Silva
Quem não se lembra do homem que se dizia caçador de marajás, que era esportista, que mandava estampar nas camisetas umas frases porretas, às vezes até polêmicas, mandando recados para  amigos e inimigos seus?
Quem não se lembra daquele seu apelo apaixonado, quando em campanha política pelos quatro cantos do Brasil: 
- "Não me deixem só".
E do seu discurso de posse, quando afirmou com energia: 
- "Conduzirei um governo que fará da austeridade a marca da atuação do Estado. Senti a justa revolta do povo brasileiro contra aqueles que, ocupantes de cargos públicos, insistem em conceber o Estado como instrumento de ganho pessoal".
Confiscou poupanças e outras coisas mais.
Esnobava o Congresso.
Teve escândalos entre seus ministros.
Tornou-se escritor, usando, como se fossem seus, ensaios políticos de José Guilherme Merquior, diplomata e ensaísta morto em 1.991. 
Um ano depois de eleito, veja só o que ele dizia toda vez que era contrariado, em nome da democracia: 
- " Não nasci com medo de assombração, nem tenho medo de cara feia. Isso o meu pai já me dizia, quando eu era pequeno, que eu havia nascido com aquilo roxo. E eu tenho mesmo, para enfrentar todos aqueles que querem conspirar contra o processo democrático".
Meses depois, outra afirmação: 
- "Quero um governo de macho". 
Um dia, foi denunciado pelo próprio irmão de manter relações comerciais com o ex-caixa da campanha presidencial, Paulo César Farias.
A imprensa descobriu mais evidências contra o presidente e o empresário. 
A própria Rede Globo parece que já esperava por isso e apoiou uma CPI instalada no Congresso Nacional, inclusive, aliciou a população, principalmente os mais jovens, a pintarem a cara num protesto contra o homem.
Pois bem, no dia 3 de outubro de 1.992, esse senhor, para escapar de um impeachment, renunciou à presidência, ficando inelegível por oito anos.
Estava fora, deixando o povo estarrecido, ele que tanto confiara no suposto benfeitor do Brasil.
O tempo passou; o antigo adversário dele também tornou-se presidente da República.
O tempo passou; o povo deve ter-se esquecido dessa história, dando-lhe votos o bastante para elegê-lo senador por Alagoas.
A história desse homem, Fernando Collor de Melo, só difere da história de Luís Inácio Lula da Silva num ponto: este não nasceu em berço de ouro, mas sempre quis fazer parte da elite.
Ao contrário de outros presidentes, tornou-se milionário só estando à frente do poder Executivo durante oito anos.
Agora, também, a exemplo de Collor, tem companheiros de partido e seus apaniguados políticos sendo investigados; alguns sob risco de prisão.
Claro que o próximo a ser investigado deverá ser ele.
No 
UOL Notícias, hoje, em meio a denúncias que envolvem seu nome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa quarta-feira (19) que voltará a andar pelo país em 2013 e que não será derrotado por nenhum "vagabundo". 

"Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder", discursou o petista, sem dar nomes.

Assim como chegou a vez de Collor, demora, mas chegará a hora de Lula também.
 



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