quinta-feira, 30 de maio de 2013

"UM BRASIL RUMO ÀS DROGAS", NA VISÃO DE UM JOVEM:


A contradição entre o combate às drogas e a legalização da maconha no Brasil 

Numa atualidade revestida pelo vício será possível obter esperanças para o combate e erradicação das drogas diante da contrariedade encontrada na legalização desta? 
E o Brasil? Possui estrutura suficiente para adequar-se às consequências de uma nova conduta estabelecida pela legalização das drogas?
A possível legalização da maconha veio firmar e auto-afirmar o poder que as drogas vêm conquistando e exercendo sobre os brasileiros. 
Prova deste poder é a diminuição da importância que o dia 26 de Junho - determinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1.987, como o Dia Internacional do Combate às Drogas - vem ganhando ou que, infelizmente, já ganhou.
Uma sociedade que antes era caracterizada pelo movimento de luta e combate às drogas vê-se agora entregue a elas, revestindo faixas em desfiles pelas cidades com um novo conceito e ideal a ser aprovado.
É inadmissível que um país que sempre adotou as teorias educacionais básicas em que se cultiva o alarme e alerta a qualquer vício, em especial às drogas - suas conseqüências negativas e a importância de manter-se longe delas a fim de obter uma vida saudável - caminhe para a legalização da maconha.
Sendo assim, uma vez que o histórico do país veio sendo formado pela prevenção e apoio ao combate às drogas, é contra todo e qualquer princípio a legalização das mesmas.
Em um país em que se prega “Ordem e Progresso”, a Ordem se perde diante de uma mudança radical de seus princípios de proteção à vida, diante da apologia às drogas promovida em decorrência da aprovação de manifestações que impulsionam a legalização da maconha.
Acredito que se a dificuldade no combate às drogas já se apresentava imensurável - mesmo trabalhando com princípios educacionais que defendam a não utilização das drogas, como descrito acima – para o Brasil, a dificuldade para adequar-se ao leque de conseqüências com uma futura legalização da maconha será ainda pior. 
Uma vez que, primeiro, com a legalização afirmar-se-ia a inexistência de autoridade ao se desconsiderar suas próprias leis, e substituí-las por leis antônimas ao que antes era defendido com vigor – o combate às drogas – e dando assim espaço a novas manifestações e, quem sabe a futuras legalizações de outras drogas.
Outro aspecto importante com que se defronta a falta de estrutura do Brasil para com a legalização da maconha é a ausência de controle na venda e produção desta e consequentemente a incapacidade de manter a ordem no país. Nosso território encontrar-se-ia em um perfeito dualismo entre usuários e não usuários, sendo que estes últimos protestariam a favor do seu direito de não inalação da droga e os usuários invocariam o respeito ao direito de fazer uso dela quando bem quisessem.
Percebe-se que o Brasil ainda se encontra em um estágio de desenvolvimento incapaz de adequar-se a medidas tão extremas e de tão grande importância e responsabilidade como a legalização da maconha.
Em meio à ausência de estrutura e dividido entre o apoio ao combate às drogas e o apoio a manifestações e passeatas que estimulam a legalização da maconha, o país encontra-se perdido entre dois mundos completamente opostos.
Em suma, enquanto a legalização tarda a chegar, aproveitemos o pouco de conscientização que nos resta para trabalhar com responsabilidade a sustentação e a estabilidade da sociedade brasileira. Afinal, é apoiando e mantendo-se forte em seus princípios ético-morais de respeito e preservação à vida que o país pode caminhar rumo à tão proclamada “Ordem e ao Progresso”.
Bruna Frederico da Silva, 

17 anos, 1o. ano Serviço Social. 

Pirajuí/ SP.
In Jornal Jovem.

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