domingo, 11 de agosto de 2013

HISTÓRIA DO HINO NACIONAL DE ALEMANHA


No dia 11 de agosto de 1922, a composição de Joseph Haydn e August von Fallersleben foi elevada à condição de hino nacional pelo primeiro presidente da República de Weimar, Friedrich Ebert.


Em 1841, o poeta e professor de Literatura August Heinrich Hoffmann von Fallersleben escreveu Das Lied der Deutschen (A canção dos Alemães) sobre uma melodia de Joseph Haydn, o Hino do Imperador, dedicado a Francisco 2º. 
Mais tarde, Haydn reutilizaria essa melodia no segundo movimento de seu Quarteto opus 76 nº 3, "Imperador".
Von Fallersleben criou seu texto durante o exílio na Ilha de Helgoland, então sob domínio inglês. 
Ele ouvia serem entoados hinos em homenagem a diversos países, menos à Alemanha.
Ferido em seu patriotismo, o poeta decidiu compor um poema que enaltecesse sua pátria. 
Os versos de orgulho tornaram-se rapidamente populares, e August von Fallersleben recebeu do governo quatro moedas de ouro em reconhecimento.
O refrão "Alemanha, Alemanha acima de tudo, acima de tudo no mundo..." foi frequentemente interpretado como uma arrogância nacionalista, embora a letra tenha sido escrita à época da desagregação política da Alemanha, e visava, antes, expressar o anseio do povo por uma pátria unida.
No dia 11 de agosto de 1922, o primeiro presidente da República de Weimar, o social-democrata Friedrich Ebert, elevou a Canção dos Alemães à condição de hino nacional. 
Os nazistas, que tomaram o poder 11 anos mais tarde, reduziram o hino à primeira estrofe, e adicionaram seu brado de guerra "Bandeiras ao alto, cerrar fileiras...".
Quando, em 1945, as bandeiras foram recolhidas e a Alemanha estava em ruínas, havia coisas mais importantes a fazer do que pensar no hino nacional. 
A luta diária pelo pão e a busca de moradia e emprego eram as principais preocupações do povo. 
O sentimento de culpa e vergonha pelas atrocidades nazistas também impediam qualquer sentimento patriota.
Somente após o período mais crítico do pós-guerra é que o hino nacional voltou a ser assunto no país. 
O primeiro presidente da República Federal da Alemanha, Theodor Heuss, optou por novos caminhos e pediu que compositores e poetas apresentassem sugestões de hinos. 
Apesar do envio de diversas músicas, a população não acreditava que esse fosse o melhor meio para resolver a questão.
Um acontecimento externo foi o estopim para a solução do problema. 
Quando a equipe alemã de atletismo venceu um torneio em 1951 na Suécia, a orquestra tocou a Canção dos Alemães na solenidade de entrega das medalhas.
Em 1952, Heuss enviou uma carta ao chanceler federal Konrad Adenauer, solicitando que a música de Joseph Haydn fosse novamente reconhecida como o hino nacional. 
O premiê alemão, por sua vez, determinou que apenas a terceira estrofe do texto de Von Fallersleben fosse cantada em solenidades oficiais.
"Unidade e direito e liberdade para a pátria alemã! Vamos todos buscar este ideal fraternalmente, com coração e mãos! Unidade e direito e liberdade são o penhor da felicidade. Floresce na luz desta felicidade! Floresce, pátria amada!"
Após a reunificação das Alemanhas Ocidental e Oriental, a canção foi mantida como hino nacional.
DW.DE

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