sábado, 23 de novembro de 2013

"MEU FELIZ AMIGO"



Porque hoje é sábado, 
eu quero dividir
a minha alegria.
Minha alegria não é fictícia,
ela mora em mim, 
ela convive comigo.
Minha alegria esparrama-se
quando o sol aparece,
e acalma-se 
quando ele não existe
ou quando os ventos derrubam
as folhas envelhecidas,
jogando-as longe
para que sirvam de esterco
às mais novas plantinhas.
Minha alegria não precisa de alardes,
nem de carros de som
ou carnavais.
É feita de toques,
mas aqueles que eu preciso sentir;
de olhares,
mas daqueles que eu desejo usufruir;
de sons,
mas aqueles que acariciam meu íntimo,
regozijam minha alma,
afagam minha vida
num eterno renascer.
Se você pode conceber essa alegria,
então merece ser chamado 
de meu feliz amigo.

Luiza Válio

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